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    CPI da Pandemia pode ouvir suposto “lobista” Marconny Faria nesta quinta-feira (2)

    Caso ele não compareça, comissão estuda chamar CEO da VTCLog, Andreia Lima

    Douglas Portoda CNN*

    em São Paulo

    Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia tem a expectativa de ouvir nesta quinta-feira (2) o apontado como “lobista” Marconny Faria, que é suspeito de tentar privilegiar a Precisa Medicamentos junto ao Ministério da Saúde. Caso Faria não compareça na comissão, os senadores estudam ouvir a diretora-executiva da VTCLog, Andreia Lima.

    Nesta quarta-feira (1º), ele apresentou um atestado médico por “dor pélvica” assinado por um profissional que atua no Hospital Sírio-Libanês, para não comparecer na CPI. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), ligou para o diretor-clínico do hospital e pediu uma apuração do documento.

    Nas redes sociais, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o médico responsável pelo atestado “notou uma simulação por parte do paciente e que deseja cancelar o mesmo”. Segundo ele, o lobista deve ser ouvido mesmo na quinta.

    A Precisa Medicamentos era responsável por intermediar a venda da vacina indiana Covaxin ao governo brasileiro junto a Bharat Biotech, fabricante do imunizante. O contrato assinado previa a aquisição de 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão.

    Documentos enviados pelo Ministério das Relações Exteriores à CPI revelaram que o valor negociado de US$ 15 por dose, era 1000% superior ao estimado pela farmacêutica em agosto de 2020. O contrato foi rescindido pelo Ministério da Saúde em 27 de agosto.

    O corredor-geral da União, Gilberto Waller Júnior, instaurou um processo administrativo de responsabilização contra a Precisa nesta quarta-feira (1º) após auditoria da CGU que apontava que os documentos da empresa brasileira como representante da Bharat Biotech não foram autenticados pela farmacêutica indiana.

    Diretora-executiva da VTCLog é alternativa

    Caso Faria não compareça, os senadores planejam ouvir Andreia Lima, CEO da VTCLog. Segundo anúncio do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Ela já havia sido convocada para a CPI no dia 31 de agosto, mas não compareceu alegando “agenda prévia de viagem relacionada a logística de distribuição das vacinas”.

    A VTCLog que foi contratada pelo Ministério da Saúde para receber, armazenar e distribuir vacinas contra a Covid-19, é suspeita de ter feito pagamentos ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, que foi preso em sessão da CPI no dia 7 de julho. Ele teve sua prisão revogada pela Justiça do Distrito Federal em 20 de agosto. A Comissão entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar a decisão.

    O motoboy da VTCLog, Ivanildo Gonçalves, foi ouvido na quarta-feira (1º). Ele é responsável por sacar R$ 4,7 milhões em espécie a pedido da empresa e ter pago dívidas de Dias. Ele confirmou que esteve no prédio da pasta da Saúde em 2021 para “entregar um pen drive” no 4º andar, onde está localizado o Departamento de Logística. Ivanildo ainda explicou que voltava ao prédio para entregar faturas e protocolos dos pagamentos realizados em setores e salas diferentes.

    (Com informações da Agência Senado)*