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    CPI apura se integrantes do governo atuavam em alinhamento a ‘gabinete paralelo’

    Relator da comissão de inquérito apresentou requerimento solicitando acesso a informações sigilosas da CPMI das Fake News

    Gustavo Uribeda CNN

    O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou requerimento para ter acesso a informações sigilosas obtidas pela CPMI das Fake News. A intenção é aprovar a solicitação na sessão de quarta-feira (7) da comissão de inquérito. 

    O objetivo da apuração é investigar se assessores presidenciais veicularam informações inverídicas sobre o combate ao coronavírus, sobretudo em defesa do chamado tratamento precoce.

    A linha principal de investigação do G7, grupo de senadores independentes e de oposição, é de que o gabinete digital do Palácio do Planalto atuava em consonância com o chamado “gabinete paralelo”, estrutura que aconselharia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em desacordo com o Ministério da Saúde.

    No requerimento, o relator solicita que seja autorizada e viabilizada a “cooperação e colaboração da equipe técnica da CPMI das Fake News para auxiliar os trabalhos da CPI da Pandemia, franqueando o acesso aos autos da investigação e materiais sigilosos”.

    Na semana passada, a CPI da Pandemia aprovou as quebras de sigilos de assessores diretos do presidente. Em reunião, na quarta-feira (30), foram quebrados os sigilos telemático e telefônico de Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz, auxiliares do gabinete digital do Palácio do Planalto.

    Os três assessores são investigados no âmbito do inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal), que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.

    Segundo assessores presidenciais, a quebra dos sigilos gerou apreensão no Palácio do Planalto, sobretudo pelo potencial de informações, sem relação com a apuração da CPI da Pandemia, que poderiam ser compartilhadas, entre elas de segurança nacional e sobre a rotina do presidente.

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