CPI aprova sessão sigilosa com Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro
Na semana passada, ele afirmou ter 'fatos gravíssimos' para revelar à comissão sobre uma suposta intervenção do governo federal no combate à pandemia
A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (23) requerimentos a realização de uma sessão a portas fechadas com Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro.
Na semana passada, em depoimento à comissão, Witzel afirmou “fatos gravíssimos” para revelar aos membros da comissão sobre uma suposta intervenção do governo federal no combate à pandemia.
Os requerimentos 866 e 877, propostos respectivamente pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) requerem diligências para que Witzel preste depoimentos em sessão reservada.
Ao contrário da maior parte dos requerimentos votados na CPI nesta quarta-feira, esses dois pedidos foram alvo de um destaque proposto pela oposição, que argumentou contra a possibilidade de Witzel ser ouvido fora do Senado.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que essa seria uma discussão futura, cabíveis apenas após a votação e, eventual, aprovação da realização da sessão fechada.
Ele ressaltou, por sua vez, que a comissão precisará considerar a segurança do ex-governador. “Pode ser no Senado, na Polícia Federal, em Brasília, no Rio. Ainda vamos decidir”, disse Aziz.
Após argumentos favoráveis e contrários, ambos requerimentos foram colocados em votação por Aziz e foram aprovados com 7 votos favoráveis e 3 votos contrários.
Se manifestaram contra os pedidos os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO).
Além da aprovação da sessão sigilosa, os senadores também deram aval para a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático das organizações sociais Instituto Unir Saúde, Associação Filantrópica Nova Esperança, Associação Mahatma Gandhi, Instituto dos Lagos Rio, Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) e Instituto Diva Alves do Brasil.
(Com informações do Estadão Conteúdo)