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    Correios atribui déficit à tentativa de privatização e “taxa das blusinhas”

    Fabiano Silva dos foi cobrado em reunião pelo presidente Lula a apresentar lucros

    Daniel TrevorMarina Demorida CNN , Brasília

    O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, disse nesta sexta-feira (31) que uma das justificativas para o déficit de 3,2 bilhões da estatal no ano de 2024 é a precarização sofrida com a tentativa de privatização da empresa sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A fala ocorreu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, após anúncio do Banco Central sobre o rombo registrado pelas empresas estatais federais em 2024.

    “Os Correios foram preparados para ser privatizados. Os Correios foram sucateados. Não se tinha investimento em tecnologias. A gente tem grandes empresas que investem em robotização das operações, que investem em modernização do seu parque tecnológico e isso é vital para uma empresa como os Correios. Então esse sucateamento é um preço muito alto que a empresa faz. E, isso sim, nós estamos trabalhando com muita dedicação para inovar”, afirmou Fabiano.

    A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é a que mais preocupa o Ministério. Segundo o Banco Central, as estatais federais registraram um rombo de R$ 6,7 bilhões.

    Além do sucateamento, Fabiano citou a “taxação das blusinhas”, nome popularmente conhecido do Programa Remessa Conforme, lançado em 2023, que certifica empresas de comércio eletrônico, estabelecendo uma tributação diferenciada e pagamento de precatórios.

    “Esse resultado que foi divulgado parcialmente se refere a um contexto específico, que foi a regulamentação, compliance, que foi dado a essas compras internacionais. Então isso teve um impacto significativo na nossa empresa e também a precatórios, que são frutos de gestões anteriores, que hoje estão contabilizadas no nosso resultado”, destacou Fabiano.

    O presidente dos Correios foi questionado sobre a permanência dele no cargo.

    “Isso é uma avaliação que compete ao presidente [da República]”, concluiu.

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