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    Coronel da PM ligado a massacre do Carandiru desiste de cargo no governo Lula

    Em nota, Nivaldo Restivo disse ter conversado com Flávio Dino e alegou ter “questões familiares de natureza pessoal” para acompanhar

    Gabriel Hirabahasida CNN , em Brasília

    O coronel Nivaldo Restivo, que havia sido anunciado para chefiar a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública a partir do ano que vem, rejeitou o convite feito pelo futuro ministro Flávio Dino.

    Em nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira (23), Restivo disse ter conversado com Dino e alegou ter “questões familiares de natureza pessoal” para acompanhar.

    A indicação de Restivo foi alvo de críticas por uma ligação com o massacre do Carandiru. O coronel era, à época, tenente do Batalhão de Choque e responsável pelo suprimento do material logístico da tropa em ação. O massacre cometido por policiais resultou na morte de 111 presos no Carandiru.

    “Hoje, 23, conversei com o Ministro Flávio Dino. Agradeci exaustivamente o honroso convite para fazer parte de sua equipe. Em que pese a motivação e o entusiasmo para contribuir, precisei considerar circunstâncias capazes de interferir na boa gestão”, afirmou o coronel.

    “A principal delas é a impossibilidade de conciliar a necessidade da dedicação exclusiva ao importante trabalho de fomento das Políticas Penais, com o acompanhamento de questões familiares de natureza pessoal”, completou.

    Esta é a segunda baixa da equipe de Dino. A primeira foi o recuo envolvendo a escolha do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. O futuro ministro anunciou Edmar Camata para o comando da PRF, mas cancelou a indicação após a divulgação de posicionamentos do policial rodoviário federal a favor da Lava Jato e da prisão de Lula, em 2018.

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