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    Coronel da PM em Goiás está entre os presos na 10ª fase da Operação Lesa Pátria, da PF

    Militar divulgou vídeo dizendo que Lula não tomaria posse no dia 1º de janeiro

    Marina DemoriElijonas Maiada CNN , em Brasília

    A Polícia Militar de Goiás (PMGO) cumpriu, na manhã desta terça-feira (18), mandado de prisão contra o coronel Benito Franco, de 43 anos. O militar da ativa da PMGO e ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana), um dos mais importantes batalhões da PM, está entre os presos no âmbito da operação Lesa Pátria da Polícia Federal (PF), que investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro.

    Segundo apuração da CNN, Franco foi levado por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) à Superintendência da PF em Goiânia, Goiás. Ele já era investigado pela própria PM por ter divulgado nas redes sociais um vídeo em que afirmava que Luiz Inácio Lula da Silva, recém-eleito, “não tomaria posse no dia 1º de janeiro”.

    No ano passado, Benito se licenciou da PMGO para ser candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL), mas não se elegeu.

    Em nota à CNN, a PMGO informou que “a Polícia Militar acompanhou todos os atos de cumprimento do mandado e segue colaborando com a Justiça”. A reportagem busca a defesa do coronel.

    Outros presos

    Segundo apuração do analista da CNN Gustavo Uribe, um dos presos nesta fase é um coronel da reserva da Aeronáutica. Ele criou um canal na internet e publicava vídeos no QG do Exército e, em um deles. aparece no dia após os atos antidemocráticos chorando pelos colegas que haviam sido presos.

    No ano passado, o militar recebeu a Medalha Eduardo Gomes Aplicação e Estudo e entrou para o Almanaque de Agraciados da Aeronáutica. A CNN tenta contato com a defesa dele.

    Outra presa de hoje é uma protetora de animais e consultora socioambiental de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Ela divulgou vídeos na internet quando o Congresso Nacional foi invadido com os dizeres “invadimos, invadimos”.

    No Pará, uma professora da rede pública foi detida preventivamente. Além de participar dos atos, segundo a PF, que analisou imagens, ela foi candidata a deputada estadual pelo PL, mas não se elegeu.

    A CNN pediu nota para o diretório do partido no estado e aguarda retorno. A defesa da consultora socioambiental ainda não foi encontrada.

    Operação

    A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18) a 10ª fase da Operação Lesa Pátria para cumprir 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília (DF).

    Os mandados foram expedidos contra alvos em sete estados (Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo) e no Distrito Federal.

    A investigação pretende identificar pessoas que participaram, financiaram, se omitiram ou fomentaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios públicos.

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