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    Conselho de Ética do Senado deverá apurar caso Marcos do Val, diz Randolfe

    Rodrigues afirma qu, caso haja prevaricação, o caso deve ser apurado pelo Conselho de Ética do Senado

    Ludmila CandalRenata Souzada CNN

    em São Paulo

    Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliam reservadamente que as denúncias feitas pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) ainda são incipientes e que são necessárias provas concretas para comprovar as alegações do parlamentar.

    Em entrevista à CNN neste domingo (5), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comentou sobre o caso.

    “Eu creio que não é caso para nenhuma investigação parlamentar mais amiúde, já que o papel do próprio Conselho de Ética do Senado é este: se detalhar sobre a gravidade das informações e sobretudo do comportamento do senador Do Val. Tão grave quanto as informações primeiras que ele passa é o comportamento”, disse Rodrigues.

    O senador Marcos do Val contou que, no dia 9 de dezembro, encontrou-se com Daniel Silveira e o então presidente Jair Bolsonaro. Na conversa, o então deputado teria sugerido que Marcos do Val fizesse uma gravação clandestina do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    “A ideia é que eles colocariam um equipamento de gravação, teria um veículo já próximo ao STF captando o áudio, e eu, nessa reunião com o ministro Alexandre, eu conduzindo, para ele falar que em alguns dos processos dele ele ultrapassou as linhas da Constituição”, disse Do Val.

    Bolsonaro teria ouvido a proposta sem se pronunciar, segundo o senador. Marcos do Val disse que “pensaria” e que depois “faria contato”. Mas ao sair, mandou uma mensagem a Alexandre de Moraes relatando a reunião. Dias depois, foi ao encontro do ministro no Supremo e detalhou o encontro.

    “Fiz o meu papel de não prevaricar. Fui e comuniquei ao ministro. E me coloquei à disposição como testemunha”, afirmou Do Val.

    Rodrigues afirma que, caso haja prevaricação, o caso deve ser apurado pelo Conselho de Ética do Senado.

    “Configurado a veracidade desse ato, desse fato, desses acontecimentos e não tendo ocorrido naquele momento a denúncia por parte do senador, isso incorre em prevaricação, que é um delito parlamentar e deve ser apurado pela instância devida que é o Conselho de Ética. Creio que este caso está remetido para a instância que deve cuidar dele, o Conselho de Ética do Senado Federal“, disse Rodrigues.

    (Publicado por Lucas Rocha, com informações da Agência Senado)