Conselho de Ética da Câmara arquiva processos contra Marcon e Fernanda Melchionna
Representações contra os dois parlamentares por suposta quebra de decoro foram apresentadas pelo Partido Liberal


O Conselho de Ética da Câmara arquivou nesta quarta-feira (4), por 11 votos, processos contra os deputados Dionilso Marcon (PT-RS) e Fernanda Melchionna (Psol-RS).
As representações contra os dois parlamentares por suposta quebra de decoro foram apresentadas pelo Partido Liberal (PL).
No caso de Marcon, o deputado é acusado de ironizar o atentado à faca sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018.
Ao se defender durante a reunião do conselho, Marcon disse que o debate foi feito no “âmbito político” e afirmou que é necessário construir “a boa política”.
Durante sessão da Comissão de Trabalho da Câmara, o petista chegou a bater boca com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente. Na mesma sessão, Eduardo xingou o colega e ameaçou “enfiar a mão na cara” de Marcon.
Eduardo Bolsonaro já foi alvo de um processo movido pelo PT pela mesma situação. O caso, porém, foi arquivado pelo Conselho de Ética no mês passado.
Já a ação movida contra Fernanda Melchionna dizia respeito sobre um discurso no qual a deputada e outras cinco colegas de Casa chamaram de “assassinos” os 324 deputados que votaram a favor da urgência do projeto do marco temporal na demarcação de terras indígenas.
Em sua defesa, Melchionna disse que a representação foi uma tentativa de “intimidar mulheres”.
Nos dois casos, os relatores Bruno Ganem (Podemos-SP) e Alex Manente (Cidadania-SP), respectivamente, alegaram que não havia “justa causa” para os processos continuarem a tramitar no conselho e, por isso, defenderam o arquivamento.
Os dois também disseram que os discursos de Marcon e Melchionna estavam protegidos pela imunidade parlamentar.