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    Conselho de Ética arquiva processo contra Eduardo Bolsonaro por ter ameaçado “enfiar a mão na cara” de deputado

    Parlamentar havia discutido com o também deputado federal Marcon (PT-RS) por ele ter dito que o atentado à faca sofrido por Jair Bolsonaro (PL), na campanha de 2018, foi "fake" (ou seja, uma armação)

    Mayara da Pazda CNN , em Brasília

    O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta terça-feira (12), por 12 votos a 1, um processo contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta quebra de decoro parlamentar.

    O PT alega que Eduardo agiu de forma “descompassada”, “furiosa” e “intolerante” após discussão com o deputado Marcon (PT-RS) por ele ter dito que o atentado à faca sofrido por Jair Bolsonaro (PL), na campanha de 2018, foi “fake” (ou seja, uma armação).

    Na ocasião, Eduardo Bolsonaro xingou o colega e ameaçou “enfiar a mão na cara” de Marcon.
    O deputado Josenildo Ramos (PDT-AP), relator da ação contra Eduardo, apresentou o parecer na semana passada e reforçou a posição pelo arquivamento na reunião desta terça-feira (12).

    Segundo Josenildo, o caso está mais voltado à “questão comportamental”, não havendo espaço para punição de cassação de mandato ou até mesmo a suspensão de mandato.

    “Mas penso que nós, deputados e deputadas desta casa, devemos, sim, buscar o equilíbrio emocional, buscar um comportamento melhor, respeitar os colegas, respeitar a ideologia partidária. […] Nesse sentido, mantenho voto proferido na sessão anterior, pelo arquivamento deste processo”, disse o relator.

    Eduardo Bolsonaro não compareceu à reunião do Conselho de Ética. Segundo a advogada Karina Kufa, ele está em viagem, mas estava acompanhando o caso com “bastante preocupação”.

    A CNN entrou em contato com o deputado Marcon para comentário e aguarda retorno.

    Processos contra deputadas de esquerda

    O Conselho de Ética ainda deve apreciar outros cinco pareceres preliminares contra as deputadas:

    • Célia Xakriabá (PSOL-MG)
    • Sâmia Bomfim (PSOL-SP)
    • Erika Kokay (PT-DF)
    • Talíria Petrone (PSOL-RJ)
    • Fernanda Melchionna (PSOL-RS)

    Todas são alvo do colegiado por chamar de “assassinos” os deputados que votaram a favor da urgência do projeto de lei que trata do marco temporal na demarcação de terras indígenas. O mecanismo recebeu o aval de 324 deputados.

    Veja também: Eduardo Bolsonaro compara professores a traficantes

     

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