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    Congresso tem disputa entre quatro nomes por comando da bancada evangélica

    Manifestaram interesse em presidir a frente parlamentar o senador Carlos Viana (PL-MG) e os deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Eli Borges (PL-TO)

    Luciana AmaralGabriel Hirabahasida CNN , Em Brasília

    O Congresso Nacional vive uma disputa entre quatro parlamentares pelo comando da Frente Parlamentar Evangélica. Segundo deputados ouvidos pela CNN, demonstraram interesse em presidir a bancada o senador Carlos Viana (PL-MG) e os deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Eli Borges (PL-TO).

    O atual presidente da Frente, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), não deve continuar no comando do grupo, porque pretende se eleger como primeiro vice-presidente da Câmara no início de fevereiro.

    Todos os quatro nomes na disputa se mostraram alinhados ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) nos últimos quatro anos. Deles, três são pastores ligados à Assembleia de Deus: Silas Câmara, Otoni de Paula e Eli Borges. Carlos Viana também é evangélico e frequenta a Igreja Batista.

    Internamente, os interessados buscam chegar a um consenso ou acordo, segundo relatos à reportagem. Se isso não for possível, a bancada deve fazer uma eleição em 8 de fevereiro para definir o novo presidente.

    A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso é uma das mais de 100 Frentes existentes no Parlamento. Essencialmente, elas são associações de parlamentares – senadores e deputados federais ou apenas deputados – para debater e defender assuntos de interesse dos membros e da sociedade.

    No caso da bancada evangélica, como é conhecida, seus membros costumam defender pautas mais conservadoras, normalmente identificadas com segmentos mais religiosos, como a manutenção ou restrição do aborto e o enfrentamento às drogas.

    As chamadas pautas de costume não devem ser o foco do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Portanto, a tendência é que temas como aborto e descriminalização de drogas, por exemplo, não sejam revistos por vontade da gestão petista.

    Mesmo na gestão Bolsonaro, essas pautas não andaram com celeridade no Congresso por falta de acordo entre os deputados e senadores.

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