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    Congresso da Argentina aprova resolução de repúdio ao atentado contra Kirchner

    Líderes repudiaram a tentativa de assasssinato sofrida pela vice-presidente na quinta-feira (1º)

    Da CNN Brasil

    A Câmara dos Deputados da Argentina presidida por Cecilia Moreau (FdT), aprovou no sábado (3), em sessão especial, o projeto de resolução que expressa “seu forte repúdio à tentativa de assassinato contra a vice-presidente da Nação Argentina, Cristina Fernández de Kirchner“.

    Da mesma forma, a norma exige “o pronto esclarecimento e condenação dos responsáveis ​​por este lamentável fato que macula a vida na democracia” e insta “toda a liderança e a população a buscar todos os caminhos que levem à paz social”.

    O presidente do bloco Frente de Todos na Câmara dos Deputados, Germán Martínez, afirmou que “não estamos diante de um ato policial, estamos diante de um ato político, onde as coisas não vão ser as mesmas na Argentina depois do que aconteceu com Cristina. Por isso temos que ser muito claros, contundentes e não temos que nos deixar levar por quem quer misturar tudo”, considerou.

    “Não precisamos ter medo do debate político nesta sala. Uma declaração ou uma foto não teria sido a mesma, já que estamos no lugar onde temos que estar”, frisou. “Queremos abraçar profundamente nossa colega Cristina e Máximo, e encerro com algo que ela nos ensinou: o amor sempre vence o ódio”, disse Martínez.

    Enquanto isso, o chefe do bloco de deputados do PRO, Cristian Ritondo, antecipou em primeiro lugar que “depois de votar a resolução e ter cumprido o motivo da convocação, nos retiraremos do local”. Em seguida, indicou que “acreditamos que a rua ou o foro não é o local para determinar os culpados de um crime, é o Poder Judiciário, o único que tem o dever de investigar, julgar e sentenciar”.

    Nesse sentido, sublinhou: “Não queremos que este fato gravíssimo seja utilizado com o objetivo de gerar mais divisões, aglomerar culpados e muito menos tornar-se uma plataforma para atacar a oposição política, o judiciário e os meios de comunicação, como infelizmente viemos ouvir nas últimas horas. Esperamos que esse discurso não se repita daqui para frente”, concluiu Ritondo .

    Por sua vez, o presidente do bloco da UCR, Mario Negri , exigiu que “esclareçam os motivos do agressor e ordenem as responsabilidades. Não queremos que passem anos sem saber a verdade e que o ataque desafie a vida das instituições e das pessoas.”

    Da mesma forma, ele continuou: “A segurança não pode ser uma questão política para superar as diferenças”. “Viemos defender a democracia sem exageros, tem que reunir todos os democratas para que a violência não possa ser legitimada em escala e naturalizada como método político”, sentenciou Negri , acrescentando: “A divisão é entre democratas e não democratas e você tem que se apegar fortemente a isso acima das diferenças”.

    Expressando seu “forte repúdio” ao ocorrido, o deputado José Luis Espert, da Avanza Libertad, criticou o fato de a Câmara dos Deputados estar “em sessão de sábado para tratar de um incidente de natureza policial e que precisa ser elucidado pela justiça, uma vez que não fomos capazes de resolver os enormes problemas que as pessoas que representamos como deputados têm”, justificou.

    Na mesma linha, Javier Milei, da Libertad Avanza, pediu que “a justiça possa agir com as mãos livres, sem ser condicionada pela política”. “Quando eles tocam em uma das castas, aparecem hipócritas, solidariedade, mas a única coisa que importa para você é cuidar de seus privilégios em relação aos outros”, explicou, enquanto atacava: “Não aceitamos de qualquer maneira esse circo dantesco da política.”

    O deputado Nicolás Del Caño (PTS/FIT-Unidad) sustentou que “desde o primeiro momento fomos uma das forças políticas que sem hesitação repudiou energicamente o ataque”. Enquanto isso, ele pediu permissão ao órgão para “se abster, já que o texto lido não contém nossos pensamentos”, concluiu.

    Rodrigo De Loredo, do bloco Evolução Radical, instou o Judiciário a “fazer justiça e esclarecer os fatos”. Nesse sentido, afirmou que “todo ataque contra um vice-presidente da Nação é um ataque contra a democracia”. “Se o amor é violento, não é amor. Se o amor é fanático, não é amor. E, se o amor é cego, o amor pode ser ódio”, refletiu ao final.

    Esta foi a primeira sessão presidida pela deputada Cecilia Moreau (FdT), depois de ter tomado posse como chefe da Câmara dos Deputados. A esse respeito, no início da sessão, disse: “Nunca pensei que esta seria a primeira sessão que eu teria que presidir, tendo crescido na democracia”.

    Entre outros, participaram a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti; o Ministro do Meio Ambiente, Juan Cabandié; o Ministro de Turismo e Esportes da Argentina, Matías Lammens; a chefe do Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (INADI), Victoria Donda; o Secretário de Direitos Humanos da Nação, Horacio Pietragalla; o Ministro da Justiça da Nação, Martín Soria; o Ministro da Defesa da Nação, Jorge Taiana; o Ministro dos Transportes, Alexis Guerrera; intendentes; e representantes das Forças Armadas.

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