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    Comissão da Anvisa irá monitorar situações epidemiológicas provocadas por incêndios

    A Comissão Técnica de Crises em Saúde existe desde 2022 e é responsável por propor ações durante crises e emergências em saúde

    Vitória Queirozcolaboração para a CNN , Brasília

    A Comissão Técnica de Crises em Saúde (CTCS) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá monitorar situações epidemiológicas que possam estar relacionadas aos incêndios florestais. O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, na abertura da reunião da Diretoria Colegiada desta quarta-feira (18).

    De acordo com a Anvisa, o objetivo é identificar situações em que a atuação regulatória possa ser necessária para auxiliar as ações sanitárias essenciais para reduzir os riscos à saúde.

    “O trabalho da comissão pode tratar, por exemplo, de situações de desabastecimento em razão de dificuldades logísticas pela proximidade com incêndios, problemas de transporte fluvial em regiões de seca ou ainda a necessidade de tratamentos para problemas respiratórios”, disse a Anvisa em nota enviada à CNN Brasil.

    O CTCS existe desde 2022 e tem a função de acompanhar, avaliar e propor ações para a atuação da Anvisa durante crises e emergências em saúde. A comissão é coordenada pela Terceira Diretoria da Anvisa e vai incorporar questões específicas relacionadas aos incêndios florestais no dia a dia.

    Segundo Barra Torres, os incêndios representam um problema “grave” para a saúde, já que há inalação de partículas resultantes das queimadas. O diretor-presidente afirmou que pessoas com problemas respiratórios e cardiovasculares são as mais afetadas pela fumaça.

    “O ser humano consegue ficar sem beber água alguns dias, consegue ficar sem comer alguns dias, mas sem respirar? É só prender a respiração e veremos qual o nosso limite”, disse.

    O diretor-presidente da Anvisa disse que, apesar das queimadas serem comuns em épocas de seca, há indícios de que os incêndios registrados são criminosos. Barra Torres também ressaltou que a crise climática é global, mas que o Brasil não tem a mesma velocidade de resposta em comparação a outros países.

    “Aqui no planalto central, na área do Cerrado, existem ciclos naturais onde o fogo acontece, mas o que estamos vendo são ações criminosas, que a justiça e as autoridades de controle e policiais investigarão e nos darão as respostas”, afirmou.

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