Com foco nas redes, Sidônio terá desafio de “neutralizar” núcleo de Janja na Secom
Primeira-dama publica com frequência nas plataformas sociais e tem aliada em secretaria estratégica


Confirmado como novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o marqueteiro Sidônio Palmeira deverá ter como prioridade a atuação em redes sociais.
No entanto, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acreditam que o primeiro desafio para conseguir avançar nessa área é diminuir a influência da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, na pasta.
Janja publica constantemente nas próprias redes e tem uma aliada na Secom, a cientista social Brunna Rosa Alfaia, que ocupa o cargo de secretária de Estratégia e Redes.
De acordo com o site oficial do governo, entre as competências do cargo ocupado pela aliada da primeira-dama está “planejar e coordenar estratégias e ações prioritárias de comunicação do Poder Executivo, de maneira a identificar oportunidades de promoção e eventuais riscos de imagem”.
A avaliação de petistas é que a manutenção da aliada de Janja no cargo pode dificultar a implementação das estratégias de Sidônio nas redes sociais e gerar embates.
Atualmente, o ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT), comanda a pasta com a influência do grupo de Janja e também de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula e secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual na pasta.
O marqueteiro ainda é considerado um perfil mais “técnico” e menos político. Diferente de Pimenta, a expectativa é que Sidônio tenha presença menor em entrevistas.