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    Eleições 2022

    Com Bolsonaro, Lira e ministros, PP aprova aliança com PL e apoio à reeleição do presidente

    Bolsonaro aproveitou a convenção para dizer que defende a democracia e criticar carta em defesa do Estado de Direito

    Luciana Amaralda CNN , em Brasília

    Com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e de ministros de Estado, o PP (Progressistas) confirmou nesta quarta-feira (27) que vai apoiar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), à reeleição ao Palácio do Planalto.

    Bolsonaro atravessou a rua que separa o Planalto do Congresso e foi pessoalmente à convenção nacional do PP, que aconteceu em um auditório da Câmara. No evento, foi aprovada a coligação entre PP e PL em prol da campanha do mandatário.

    O presidente entrou no espaço acompanhado de Lira, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP-RN), e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

    Embora seja do PL, Bolsonaro foi o destaque na convenção. Ele apareceu no centro de um painel no auditório ao lado de Ciro Nogueira, Tereza Cristina, Arthur Lira, Fábio Faria, Ricardo Barros e André Fufuca, estes todos membros do PP. Ao longo do evento, telões também passaram vídeos com jingle do presidente.

    A convenção contou com a presença em peso de integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro, governadores alinhados ao mandatário, além de parlamentares aliados importantes no Congresso, como Lira, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e a deputada federal Celina Leão (PP-DF).

    Em discurso, Bolsonaro disse, em tom de brincadeira, ser o deputado “514”. Isso porque são 513 deputados federais e ressaltou ter sido membro do PP quando a sigla ainda tinha outros nomes.

    Ele aproveitou a convenção para dizer que defende a democracia e criticar a carta em defesa do Estado de Direito divulgada inicialmente no portal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A fala também vem na esteira de críticas ao sistema eleitoral, especialmente às urnas eletrônicas.

    “Vivemos num país democrático, defendemos a democracia, não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia. Que queremos cada vez mais nós cumprir e respeitar a Constituição. Não precisamos então de apoio ou sinalização, de quem quer que seja, para mostrar que o nosso caminho é a democracia, é a liberdade, é o respeito à Constituição”, declarou.

    Arthur Lira também aproveitou para rebater críticas sobre seu silêncio perante críticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral, enquanto presidentes de outros Poderes se manifestaram a favor da democracia.

    “A Câmara dos Deputados fala quando é necessário falar. Não quando querem obrigá-la a falar. Eu dei mais de 20 mensagens mundo afora e internas no Brasil de que sempre fui a favor da democracia e de eleições transparentes, e confio no sistema eleitoral. Não precisa qualquer movimento público ou político fazer com que isso se apresente de maneira sempre necessária. Instituições no Brasil são fortes, são perenes e não são e nunca serão redes sociais. Não podemos banalizar as palavras das autoridades no Brasil. Não farão isso com a Câmara dos Deputados enquanto eu for presidente”, declarou Lira.

    No discurso, Bolsonaro buscou dizer que Legislativo e Executivo trabalham “em perfeita harmonia” e ser preciso que todos os Poderes se respeitem.

    Ao longo da fala, ainda defendeu bandeiras de seu governo, como a contrariedade à legalização de drogas e ao aborto. Em determinado momento, disse que, “se se preocupar apenas com politicamente correto e com aplausos, o Brasil não vai para frente”.

    Sobre a política externa do atual governo, disse ser “excepcional”. “Temos negócios com o mundo todo. Não posso esquecer jamais que sou presidente do Brasil. Gostaríamos de resolver problemas de fora do Brasil, mas, se não for possível resolvê-los, que não propaguemos para dentro da nossa pátria.”

    O ministro Ciro Nogueira fez discurso recheado de críticas a governos anteriores, sem citar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal concorrente de Bolsonaro ao Planalto no pleito de outubro.

    “O senhor presidente, ao longo do tempo, tem sido preparado. O Bolsonaro de 2022 é muito melhor que o de 2018. Ao contrário do seu oponente, que é muito pior o de 2022 do que o de 2002. Essa é grande diferença.

    ”Ricardo Barros afirmou que 2022 foi um ano importante para o crescimento do PP e que o partido busca “crescer o suficiente para sermos força imprescindível para a governabilidade”.

    Ao defender o governo Bolsonaro, afirmou que, com mais quatro anos do mandatário à frente do Planalto, “o Brasil vai decolar”. “Todos nós vamos prosperar. Uma pena a pandemia, a guerra da Ucrânia, mas são contingências que temos que enfrentar.”

    Fotos — Os candidatos e pré-candidatos à Presidência

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