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    Com apenas três sessões a preencher, base do governo discute prioridades para CPMI

    Deputados e senadores da base governista devem se reunir, na noite desta segunda-feira (25), para propor um calendário de próximos passos na CPMI do 8 de Janeiro

    CPMI vai ter apenas três sessões a agendar antes do feriado de 12 de outubro
    CPMI vai ter apenas três sessões a agendar antes do feriado de 12 de outubro Geraldo Magela/Agência Senado

    Pedro Nogueirada CNN

    em Brasília

    Deputados e senadores da base governista devem se reunir, na noite desta segunda-feira (25), para propor um calendário de próximos passos na CPMI do 8 de Janeiro.

    Após os depoimentos desta semana, a CPMI vai ter apenas três sessões a agendar antes do feriado de 12 de outubro. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em 19 de outubro, com a votação do relatório.

    Na votação de terça-feira (26), o plenário deve decidir como usar este tempo de forma prioritária. Já foram aprovados requerimentos de convocação do general Walter Braga Netto e a reconvocação do tenente coronel Mauro Cid.

    O governo ainda quer aprovar a convocação do ex-comandante da Marinha Almirante Garnier; do ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins; do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; dos empresários Meyer Nigri, dono da Tecnisa, e Enric Lauriano, suspeitos de financiar os atos de 8 de janeiro.

    A oposição, por sua vez, não abre mão de convocar o coronel Sandro Augusto Queiroz, que comandava a Força Nacional no dia dos ataques. Diante deste quadro, a comissão vai precisar definir como encaixar quase 10 depoimentos em três sessões, incluindo as prioridades e de quais deles vai precisar abrir mão.

    De agora em diante, de acordo com fontes da CPMI ouvidas pela CNN, as prioridades da bancada governista são reforçar a compreensão da autoria intelectual e incentivo ao discurso violento, entender como os militares atuaram em prol de um golpe e listar os financiadores dos atos e possíveis usos indevidos da máquina pública.

    Fazer a ligação dos três pontos com a administração de Jair Bolsonaro (PL) é o fio condutor dessa atuação.

    Além disso, a CPMI trabalha para colher a delação premiada de Wellington Macedo, blogueiro bolsonarista acusado de tentar plantar bomba no Aeroporto de Brasília no fim de 2022.

    Durante depoimento à comissão, Macedo permaneceu calado, mas seu advogado sinalizou disponibilidade para negociar a colaboração.

    Os parlamentares querem extrair desta delação mais informações sobre o possível envolvimento de parlamentares, possíveis mobilizadores, articuladores e financiadores dos atos.

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