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    Guerra entre Ucrânia e Rússia está cansando a humanidade, diz Lula

    Acordo do G20 foi brando com relação à guerra no Leste Europeu, sem adotar o tom de condenação à invasão russa

    Douglas Portoda CNN

    em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (11), durante entrevista coletiva após a reunião do G20, na Índia, que a guerra entra a Ucrânia e a Rússia está cansando a humanidade.

    “Parece pouco, mas ontem o fato de todos os países do G20 terem assinado um documento de que a melhor forma para encontrar uma solução para o conflito entre Ucrânia e Rússia é tentar trabalhar pela paz de acordo com os documentos e a carta da ONU é uma coisa que a gente já cobrou por um tempo e eu acho que é o único caminho”, afirmou Lula.

    “Acho que todo mundo está pegando consciência que essa guerra está cansado a humanidade, já está cansando as pessoas, muito mais os refugiados ucranianos e russos e pessoas que a gente não vai conseguir trazer de volta”, prosseguiu.

    O G20 conseguiu superar o impasse entre o G7 e a aliança entre Rússia e China e chegou a um consenso para a publicação do documento final da Cúpula de Líderes.

    O documento, no entanto, foi brando com relação à guerra na Ucrânia, sem adotar o tom de condenação à invasão russa defendido pelos Estados Unidos, o G7 e a União Europeia.

    A Rússia só é citada no documento no contexto do acordo para exportação de grãos, que foi suspenso em julho deste ano.

    A declaração branda foi a única forma encontrada pelos países para conseguir chegar a um consenso com relação ao tema.

    Rússia e China ameaçavam vetar qualquer documento final que apresentasse condenações contra o Kremlin. Caso isso acontecesse, seria a primeira vez que uma Cúpula do G20 acabaria sem uma declaração final — o texto que deixa claro que ações concretas devem ser tomadas pelos países do bloco.

    “Portanto, você fazer com que a União Europeia assinasse um documento colocando a questão da paz na ordem do dia é um avanço considerado importante”, ponderou Lula.

    Energia limpa e combustíveis

    Lula ainda comentou sobre os esforços para a transição de energia sustentável em escala global e o papel do Brasil em buscar parcerias com outros governos.

    “Nessa questão de energia limpa, o Brasil tem muito a ensinar aos outros países”, disse.

    Durante a Cúpula do G20, Brasil, Índia e Estados Unidos lançaram a Aliança Global de Biocombustíveis.

    A iniciativa busca estimular a produção e o uso desse tipo de combustível — especialmente o etanol — e surge em meio ao programa nacional indiano de biocombustíveis, que inclui a adoção de 20% de mistura de etanol na gasolina à fabricação de automóveis de categoria flex, além do desenvolvimento e produção de biocombustíveis de segunda geração.

    “Continuamos aperfeiçoando a produção de etanol. O Brasil é um país que tem uma competência extraordinária, um domínio único dos biocombustíveis e achamos que essa iniciativa Modi, Biden, Lula e Argentina é muito importante para o nosso futuro”, explicou.

    “Finalmente o mundo está se dando conta que os biocombustíveis podem resolver o grande problema que é a emissão de gases do efeito estufa pelo derivado de petróleo”, prosseguiu.

    Veja também: Veja o pronunciamento do presidente Lula após a Cúpula do G20