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    CNJ decide afastar Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro

    A abertura de um processo administrativo foi decidida por unanimidade pelo Conselho para investigar suspeita de parcialidade na condução da Operação Lava Jato

    Da CNN

    O juiz federal Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro, foi afastado do cargo após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (28). As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

    Um processo administrativo foi aberto por uma decisão unânime do Conselho para apurar se Bretas tinha excessiva proximidade com a ala política do Rio de Janeiro, incluindo políticos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é suspeito de parcialidade na condução da Operação Lava Jato no estado.

    Seu afastamento do cargo de juiz foi decidido por 11 votos a quatro.

    A representação que levou à abertura do processo administrativo pelo CNJ foi feita por advogados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e se baseia em uma reportagem da revista Veja que traz uma série de suspeitas sobre a relação de Marcelo Bretas com os procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele é acusado, inclusive, de negociar delações premiadas mesmo sendo juiz.

    Há quatro processos contra Bretas sendo analisados pelo CNJ em sessão fechada. O primeiro, da OAB, já foi discutido.

    Os outros três tratam de uma representação feita pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD); um processo em decorrência de correição na vara de Bretas feito pelo próprio CNJ em novembro do ano passado; e também uma reclamação do próprio Marcelo Bretas para tentar mudar a punição estabelecida contra ele pelo Tribunal Regional Federal (TRF). Estes ainda serão avaliados.

    Bretas já havia sido punido por superexposição e autopromoção no passado, comportamento vedado a um juiz.

    Ele postou uma foto em uma confraternização ao lado do governador do RJ, Cláudio Castro (PL), neste Carnaval e apagou a imagem após a repercussão negativa.

    Além disso, Bretas também teria ido até a posse de Jair Bolsonaro, de carona no jatinho de Wilson Witzel, na época recém-eleito governador do estado.

    *Publicado por Fernanda Pinotti

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