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    ‘Clima de velório’, dizem militares e ideológicos após indicação de Kassio Nunes

    Segundo apurou a CNN, o presidente Jair Bolsonaro guardou o nome escolhido para o STF a sete chaves até a última hora

    Igor Gadelhada CNN

    Auxiliares presidenciais das alas ideológica e militar do governo reagiram mal à confirmação de Jair Bolsonaro à CNN, nesta quinta-feira (1º), de que indicará o desembargador Kassio Nunes para a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). 

    “O clima é de velório”, afirmou à coluna um assessor direto do presidente integrante do núcleo ideológico. “Foi uma grande surpresa. Ninguém esperava esse nome”, disse um militar que dá expediente no Planalto, reforçando que os generais não participaram da decisão.

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    O desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
    O desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
    Foto: Ramon Pereira/Ascom/TRF1

    Segundo apurou a CNN, Bolsonaro guardou o nome de Nunes a sete chaves até a última hora. O presidente teria batido o martelo da indicação na última segunda-feira (28), mas só revelou para os auxiliares palacianos na terça-feira (29) e quarta-feira (30). 

    Fontes da ala militar dizem que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ainda tentou dissuadir o presidente da indicação. Bolsonaro respondeu que a decisão já tinha sido tomada e que os auxiliares não precisavam se preocupar.

    Nos bastidores, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente, é apontado como principal cabo eleitoral da indicação de Nunes. O presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira (PI), também foi um dos que articulou.

    Fritura

    Nas últimas horas, aliados e auxiliares presidenciais enviaram a Bolsonaro uma série de informações sobre a relação de Nunes com petistas. Em uma delas, a qual a CNN teve acesso, os aliados diziam que a “condição de petista do desembargador Kassio é ostensiva”. 

    “É petista de carteirinha, com ampla penetração nos gabinetes de Brasília, dos quais esconde a sua identidade político-partidária”, diz um trecho, acompanhado de uma foto ao lado do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), com quem o desembargador tem boa relação.