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    Cláudio Castro diz que Witzel ‘deve estar em um momento de perturbação grande’

    Ex-governador do Rio de Janeiro questionou o fato de Castro estar em Brasília no dia da operação que fez buscas e apreensões na casa do então vice-governador

    Wilson Witzel e Cláudio Castro em entrevista coletiva no Rio de Janeiro
    Wilson Witzel e Cláudio Castro em entrevista coletiva no Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (9.nov.2018)

    Marcela Monteiro, da CNN, no Rio de Janeiro

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que o seu antecessor no cargo Wilson Witzel deve estar em “um momento de perturbação grande”. E completou: “coitado dele por tudo que passou”, comentou Castro em resposta à suspeição lançada esta quarta-feira (16) pelo ex-governador na CPI da Pandemia.

    Witzel afirmou à CPI da Pandemia que deveria ser realizada quebra de sigilo para se entender o “real motivo da viagem” do então vice-governador Cláudio Castro a Brasília no dia em que a polícia fez uma operação de busca e apreensão na casa do então vice-governador, em agosto do ano passado.

    O atual governador, que assumiu o governo do Rio em maio, após o impeachment de Witzel, passou a manhã toda em uma programação relacionada à concessão dos serviços de saneamento básico a 29 municípios (por conta do leilão da Cedae) e disse não ter acompanhado o começo do depoimento.

    “Eu não ouvi o que ele falou, não ouvi mesmo. Não tenho como responder. A gente estava aqui falando da questão do saneamento. Mas estou muito tranquilo. Se soubesse que tinha alguma coisa eu não estaria em casa com a minha família”.

    Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter concedido ao ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel o direto de não falar e, até mesmo, não comparecer à CPI da Covid-19, ele chegou ao Senado Federal nessa quarta-feira (16) levantando questões e mencionando outros agentes políticos. Um dos citados foi o governador Cláudio Castro.

    “O (então) vice-governador, que me substituiu, estava aqui em Brasília no dia da busca e apreensão dele. O que ele estava fazendo aqui ele não me contou até hoje. E eu não o autorizei a vir aqui falar em meu nome. Porque vice-governador não faz nada sem o governador mandar. Isso está na Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Eu não mandei o vice-governador vir para cá; não me disse o que estava fazendo em Brasília”, afirmou Witzel à CPI.

    Witzel complementou afirmando que o fato deveria gerar uma quebra de sigilo a fim de entender o real motivo da viagem.

    Wilson Witzel sofreu impeachment no dia 30 de abril depois de ter sido considerado culpado por crime de responsabilidade na gestão de contratos de saúde durante a pandemia. Ficou inelegível por 5 anos. Cláudio Castro, depois de oito meses interinamente na função, assumiu efetivamente o cargo.