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    CE: PF amplia investigação de atos antidemocráticos após apreensão de celulares

    Grupo investigado bloqueou rodovias federais após vitória de Lula, no ano passado

    Bloqueio de caminhoneiros na rodovia Presidente Dutra, na altura de São José dos Campos (SP).
    Bloqueio de caminhoneiros na rodovia Presidente Dutra, na altura de São José dos Campos (SP). Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

    Elijonas Maiada CNN

    A Polícia Federal está ampliando a investigação dos atos antidemocráticos no Ceará, quando rodovias foram bloqueadas com queima de pneus após o resultado da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado. Esse inquérito é um braço da Lesa Pátria, da PF, que investiga os atos do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas.

    Nesta quinta-feira (30), a PF apreendeu mais de 20 celulares durante a operação Impávido Colosso. No Ceará, foram cumpridos mandados em Fortaleza (21), Maracanaú (3), Itaitinga (1), Caucaia (1), Pacajus (1), Tauá (1) e Brejo Santo (1).

    Os agentes da PF apontam que os investigados foram responsáveis por bloqueios na BR-116, em Fortaleza, entre 31 de outubro e 2 de novembro de 2022, e também do fechamento da Avenida Alberto Nepomuceno, no centro da capital cearense.

    Na ação desta quinta, a PF encontrou vasta documentação contábil, com preços e nomes de financiadores, notebooks, celulares e uma arma sem registro. Foram apreendidos recibos e, também, placas que pediam a intervenção militar no Brasil, o que é crime.

    Com essas apreensões de celulares e documentos, a PF amplia a investigação e apura ligação com outros estados. Mensagens e imagens serão analisadas pelos investigadores. O objetivo é saber se houve financiamento dos atos por parte de empresários de fora do Ceará. Foram cumpridos mandados também em Imperatriz, no Maranhão, e Condor, no Rio Grande do Sul.

    Segundo a PF, o grupo investigado é formado por líderes, financiadores e organizadores do apoio logístico dos atos contra as instituições democráticas.

    A operação contou com 140 policiais federais e teve apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Rodoviária Federal.