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    Caso Marielle: general nega indicação política em nomeação de Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil

    Richard Nunes era secretário de Segurança Pública em março de 2018; relatório contraindicava a nomeação

    Leonardo Ribbeiroda CNN , Brasília

    Ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o general Richard Nunes negou que tenha recebido qualquer indicação política para nomear Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do estado.

    Richard Nunes era secretário da pasta em março de 2018, quando a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. Barbosa foi nomeado chefe da Polícia Civil — responsável pelas investigações — dias antes dos assassinatos.

    Feedback e relatório

    Além de negar ter recebido indicação, o general disse que teve “feedback positivo” da sociedade logo depois da nomeação. Nunes ainda disse que havia tido contato com Barbosa em atividades anteriores e que a relação era estritamente profissional.

    Um relatório do setor de Inteligência da secretaria contraindicava a nomeação por uso do cargo para suposta obtenção de vantagens. O ex-secretário disse que ignorou o documento, pois “enxergou algo no campo da moralidade e não no campo criminal”.

    O general — atual chefe do Estado-Maior do Exército — foi ouvido nesta quarta-feira (9) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que investiga o crime. Ele foi intimado a prestar depoimento pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Barbosa é apontado pela Polícia Federal (PF) como mentor intelectual do duplo homicídio.

    Reuniões regulares

    Em seu depoimento, Nunes disse que mantinha reuniões regulares com Barbosa para tratar do caso Marielle. “[Para me] manter informado acerca das linhas de investigação e atender demanda para tomar providências”.

    Segundo o general, nenhuma linha de investigação foi abandonada à época. Nunes ainda disse que, em determinado momento, os nomes de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz — que executaram o crime — apareceram na apuração.

    O general também contou que os dados que chegavam a ele indicavam que grupos criminosos que atuavam na zona oeste do Rio teriam ligação com o crime.

    Além de Barbosa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão são réus pelo assassinato. Eles são acusados de mandar matar Marielle. Os irmãos negam as acusações.

    Para o período entre os dias 21 e 25 de outubro estão previstos os interrogatórios dos irmãos Brazão e de Barbosa.

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