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    Caso Marielle: falha na internet interrompe interrogatório de Chiquinho Brazão ao STF

    Audiência terá continuidade nesta terça (22); outras quatro pessoas serão interrogadas ao longo da semana

    Gabriela PradoRebeca Borgesda CNN , Brasília

    O primeiro dia de interrogatório dos réus do caso Marielle no Supremo Tribunal Federal (STF) foi marcado por falhas na internet.

    Nesta segunda-feira (21), as perguntas ao deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido- RJ) precisaram ser refeitas diversas vezes devido a falhas no sistema de internet da Penitenciária Federal de Campo Grande, onde o parlamentar cumpre prisão.

    Por causa das interrupções, não houve tempo suficiente para finalizar os questionamentos e o interrogatório deve continuar na terça-feira (22).

    As falhas na conexão aconteceram em diversos momentos das cinco horas de depoimento.

    No depoimento, Brazão se emocionou e elogiou Marielle.

    Nova tentantiva na terça

    O desembargador Airton Vieira chegou a afirmar, por volta das 18h, que, se houvesse mais uma queda na internet, o interrogatório seria transferido para o dia seguinte.

    O juiz ainda disse que poderia consultar o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, para que o réu fosse transferido provisoriamente para a carceragem da Polícia Federal (PF) local para continuar a audiência sem interferências.

    Apesar da possibilidade, ao encerrar a sessão, o desembargador afirmou que a sessão de amanhã deve ser feita ainda da Penitenciária.

    Além de finalizar o depoimento do deputado, a expectativa do juiz é que haja tempo suficiente para o interrogatório de Domingos Brazão, irmão de Chiquinho.

    Os réus, acusados de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, serão interrogados até sexta-feira (25). Todos os denunciados serão ouvidos por videoconferência.

    Após Chiquinho, são esperados os depoimentos de:

    • Domingos Brazão
    • Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil;
    • Ronald Paulo Pereira, policial militar;
    • Robson Calixto Fonseca, policial militar.

    O procedimento é praxe em uma ação penal. É o momento em que o réu pode dar sua própria versão dos fatos pelos quais responde.

    Depois dos interrogatórios, acusação e defesa terão cinco dias para avaliar se vão pedir outras diligências.

    As partes terão em seguida o prazo de 15 dias para apresentar suas alegações finais – são as últimas manifestações no processo. Só depois desta etapa o caso fica liberado para julgamento.

    Acusações

    Chiquinho e Domingos Brazão respondem por homicídio e organização criminosa. Já Rivaldo Barbosa, por homicídio.

    Ronald Paulo de Alves Pereira, policial militar apontado como ex-chefe da milícia de Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, é réu por homicídio.

    Robson Calixto Fonseca, assessor de Domingos Brazão, responde por organização criminosa.

    Todos negam participação no crime.

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