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    Caso Marielle: Brazão aceita fazer exames fora de presídio federal

    Deputado federal tinha desistido do procedimento após ter a prisão domiciliar negada; governo diz que não há necessidade de transferência para hospital penitenciário

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), réu no caso Marielle Franco e Anderson Gomes, aceitou realizar exames médicos fora da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde está preso.

    Na semana passada, a defesa do parlamentar informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o político decidiu não se submeter a um exame de cateterismo fora do presídio. Brazão disse que não se sentia seguro para fazer o procedimento e retornar para ao local, “pois não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação”.

    O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, pediu informações à Direção da Penitenciária, que informou não haver necessidade de transferência para hospital penitenciário e que a unidade de Campo Grande é apta para recuperação de Brazão.

    “No momento, não há necessidade de transferência do interno para hospital penitenciário, uma vez que as condições estruturais e operacionais da unidade prisional são suficientes para a execução do tratamento, estando, portanto, garantida a assistência necessária à preservação de sua saúde”, aponta o documento.

     

    “O procedimento encontra-se devidamente agendado para realização na cidade onde o interno está custodiado, com o suporte de escolta a ser providenciada pela Polícia Penal Federal”, destaca.

    O exame será feito em Campo Grande por um cardiologista indicado pelo congressista. A defesa de Chiquinho havia pedido ao STF em 24 de dezembro que ele ficasse em prisão domiciliar no Rio de Janeiro para fazer uma cirurgia no coração, mas o pedido foi negado.

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra. O órgão defendeu autorização para que o deputado passasse por uma consulta presencial com seu cardiologista dentro da penitenciária.

    De acordo com a PGR, não há no momento nenhuma situação de “debilidade física” que recomende a saída da prisão para realização de procedimento médico.

    Risco elevado de morte

    Um documento da Penitenciária Federal de Campo Grande concluiu que o congressista “possui alta possibilidade de sofrer mal súbito com risco elevado de morte”.

    “Até o momento, não foi reportado evento de infarto, mas há alto risco cardiovascular”, disse o documento. Conforme o relatório, há alta possibilidade de desenvolvimento do quadro de insuficiência renal.

    Antes do Natal, Chiquinho passou por exames que apontaram a necessidade de um novo procedimento para avaliar se há obstruções em suas artérias e se há necessidade e uma cirurgia no coração.

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