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    Caso Marielle: bancada do RJ é informada que Chiquinho Brazão foi citado em delação de Lessa

    Menção ao deputado federal também foi confirmada por integrantes da Suprema Corte; colaboração premiada de ex-policial foi homologada pelo STF

    Deputado Federal Chiquinho Brazão (União-RJ)
    Deputado Federal Chiquinho Brazão (União-RJ) Agência Câmara

    Larissa RodriguesGustavo Uribeda CNN

    Brasília

    A bancada do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados foi informada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) foi citado em delação premiada firmada por Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco.

    A informação foi confirmada pela CNN Brasil com três deputados federais. A menção ao parlamentar também foi confirmada por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).

    O nome do congressista já fazia parte anteriormente das investigações da Polícia Federal. O caso está sob sigilo e a força policial pretende concluí-lo até o final de abril.

    O ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, homologou o acordo de delação premiada de Ronnie Lessa e, na segunda-feira (18), o assassino confesso prestou depoimento.

    Segundo agentes da investigação, além do deputado federal, outro nome com foro privilegiado também foi citado durante a investigação.

    A principal linha de investigação da Polícia Federal é de que a morte da vereadora foi motivada por uma disputa de terras na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

    Com base em depoimentos, incluindo o de envolvidos no assassinato, investigadores apuram se a atuação da vereadora por moradia para populações carentes teria relação com o assassinato.

    Segundo agentes que trabalham no caso, havia uma disputa para a regularização de um condomínio e a vereadora trabalhava para que a região fosse classificada como de interesse social.

    A suspeita é de que o mandante do assassinato tinha interesses comerciais e queria evitar que o poder público inviabilizasse a construção de imóveis de alto padrão.

    A primeira delação no caso foi de Élcio de Queiroz, que confessou o crime e implicou diretamente Lessa.

    Em nota, a assessoria do deputado Chiquinho Brazão afirma que o parlamentar vê com “estranheza” que a citação do nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração. Disse que são especulações e se colocou a disposição para esclarecimento.

    “Surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão esclarece que seu convívio com a vereadora sempre foi amistoso e cordial, sem espaço para desavenças, uma vez que ambos compartilhavam dos mesmos posicionamentos acerca da instalação de condomínios em comunidades carentes na zona oeste do Rio de Janeiro. Causa estranheza que seu nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração, principalmente quando se sabe que o instrumento de investigação deve indicar, desde o início, todos os envolvidos que gozem de foro por prerrogativa de função. A despeito das hipóteses levantadas pela mídia e da falta de idoneidade do relato de um criminoso que fez dos assassinatos sua forma de vida, coloca-se à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, ao passo em que, com serenidade e amparado pela verdade, aguarda o esclarecimento dos fatos.”