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    Caso das joias: PF colhe imagens nos EUA e inclui último investigado no inquérito

    Equipe passou duas semanas em solo americano para colher depoimentos com cooperação do FBI

    Elijonas Maiada CNN

    Brasília

    A equipe da Polícia Federal (PF) que viajou em 24 de abril aos Estados Unidos voltou neste fim de semana ao Brasil com os elementos para finalizar o inquérito das joias sauditas vendidas em lojas norte-americanas durante o governo Bolsonaro.

    O delegado responsável pelo inquérito e um agente visitaram quatro cidades estadunidenses. Entre outras provas, colheram imagens de câmeras de segurança das lojas onde, por exemplo, foram vendidos os relógios.

    A PF buscou ainda elementos da “operação resgate”, como foi chamada a organização feita para recomprar um relógio que havia sido vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

    Documentos, como anotações, notas fiscais e fotos, também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.

    A PF e o FBI colheram depoimentos de testemunhas e envolvidos no caso. As duas instituições fizeram acordo de cooperação internacional.

    Segundo apurou a CNN, a viagem também serviu para comprovar a participação de um suspeito que já estava no radar dos investigadores, mas que ainda necessitava de elementos.

    Agora, dizem os delegados, não restam dúvidas de participação no caso. O nome, porém, ainda é mantido sob sigilo.

    Em 26 de abril, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento por videoconferência aos investigadores do FBI e da Polícia Federal brasileira. A oitiva, que é parte do acordo de delação premiada firmada, durou duas horas e vinte minutos.

    Mauro Cid passou novos detalhes e ajudou a equipe da PF que estava nos Estados Unidos, com horários, endereços e dias da “operação resgate” das joias. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Cid colaborou em todos os aspectos.

    Para a PF, as lacunas que ainda estavam em aberto deste inquérito foram totalmente fechadas e, dessa forma, o caso será encerrado com envio ao Supremo Tribunal Federal — ainda sem data definida.

    Em nota, o advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Jair Bolsonaro, informou que “o ex-Presidente Bolsonaro não praticou nenhuma ilegalidade em relação a quaisquer presentes que lhe tenham sido ofertados durante seu mandato, aliás o processo de classificação de presentes — se públicos ou privados —, obedeceu ao mesmo protocolo que foi empregado em governos anteriores, e da qual os Presidentes da República não participam”.