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    Caroline de Toni é eleita presidente da CCJ da Câmara

    Congressista, aliada de Bolsonaro, enfrentava resistência de aliados de Lula

    Da CNN

    Brasília

    A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) foi eleita, nesta quarta-feira (6), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

    Ela teve 49 votos a favor e nove contra.

    A congressista, aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enfrentava resistência de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Depois de eleita na CCJ, De Toni comentou a rejeição ao seu nome e declarou que as pautas conservadoras devem ser respeitadas no Congresso.

    “Não entendo tanta rejeição que teve o meu nome. Quero dizer só uma última palavra: que nós, deputados que somos conservadores, tivemos as maiores votações históricas do Brasil […] Essas pautas [conservadoras] também refletem o sentimento de milhões de brasileiros. Essas pautas são legítimas e merecem respeito e consideração no Parlamento”, declarou.

    Ela negou que haverá “surpresas” na sua condução do cargo e disse que buscará guiar os trabalhos de forma equilibrada em prol da qualidade das propostas aprovadas e não na quantidade. “Aprovar muitas leis definitivamente não resolve os problemas do Brasil, por isso precisamos discutir projetos que realmente tragam autonomia, independência e liberdade para o povo brasileiro”, disse.

    Após semanas de negociação, líderes partidários avançaram ontem (5) no acordo para a divisão da presidência das comissões permanentes, que devem ser instalada nesta quarta-feira (6).

    Como a CNN mostrou, o impasse sobre a presidência da CCJ – tida como a mais importante da Câmara e por onde passam praticamente todos os projetos – atrasou a distribuição.

    Os partidos com as maiores bancadas eleitas têm a preferência de escolher quais comissões querem presidir. O PL tinha prioridade na escolha por ter elegido 99 deputados em 2022 – a bancada atual tem 96. A CCJ, entretanto, também era cobiçada por partidos do Centrão.

    No ano passado, o PL abriu mão de presidir a CCJ para ter a relatoria do Orçamento federal. Neste ano, a sigla decidiu reivindicar o colegiado e escolheu Carol De Toni para o cargo. A deputada é integrante da bancada do agronegócio e é defensora da pauta pró-vida contra a legalização do aborto.