Cármen Lúcia manda PGR se manifestar sobre suposta interferência de Bolsonaro em investigações do MEC
Procuradoria vai analisar e avaliar se há base para abrir uma manifestação formal contra o presidente
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigação sobre corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC) e suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na operação da Polícia Federal (PF) que prendeu o ex-ministro Milton Ribeiro.
O tribunal decretou o sigilo do processo, que antes estava público na Corte, mas sigiloso na Justiça Federal.
Agora, a PGR vai analisar e avaliar se há base para abrir uma manifestação formal contra Bolsonaro.
No fim de junho, o juiz Renato Borelli determinou que o caso fosse enviado ao STF por supostos indícios da participação de Bolsonaro em interferência no processo. A ministra já era a relatora do inquérito sobre a atuação do ex-ministro Milton Ribeiro e de pastores.
Depois que Ribeiro pediu demissão, ela mandou o caso para a 1ª Instância. A Corte deve decidir sobre a continuidade da investigação na 1ª Instância, ou a divisão do processo, além de ouvir a PGR.
O Tribunal já recebeu quatro pedidos de investigação do caso. Todos foram enviados para manifestação da PGR.