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    Cármen Lúcia aciona PGR para explicações sobre presença de foragido da Justiça em ‘motociata’

    Blogueiro Allan dos Santos esteve em evento de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, também com presença do ministro da Justiça em Orlando

    Rodrigo Vasconcelosda CNN , em Brasília

    A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste quanto à presença de um foragido da Justiça do Brasil durante ‘motociata’ com o presidente Jair Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos.

    O foragido em questão é o blogueiro Allan dos Santos, conhecido como Terça Livre, que teve a prisão preventiva decretada pelo STF no âmbito do inquérito das milícias digitais. O ministro Alexandre de Moraes também pediu a extradição dele.

    Tanto Bolsonaro quanto o ministro da Justiça, Anderson Torres, estiveram na manifestação em apoio ao presidente, em Orlando, onde Allan tirou fotos com bolsonaristas. Além disso, o blogueiro publicou neste sábado um vídeo no Instagram debochando do STF, em especial do ministro Moraes, responsável pelo inquérito.

    “O Xandão não queria que eu participasse de motociata no Brasil. Aí o que Deus faz? Traz a motociata pra cá”, disse Santos. Apesar de todos estes registros, porém, não houve fotos ou vídeos do blogueiro junto com o presidente ou com o ministro da Justiça.

    A ação movida contra Bolsonaro e Torres no STF partiu do Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Alencar Santana (PT-SP). O parlamentar considera que os dois tinham de informar as autoridades sobre a localização do foragido. “A inércia dessas autoridades contraria a Constituição Federal e o ordenamento jurídico brasileiro, mostrando o descaso com a lei e com as instituições do país”, analisou o petista no ofício.

    Alencar acusa o presidente e o ministro por crime de responsabilidade e prevaricação no processo contra Allan dos Santos. Diante da ação, Cármen Lúcia determinou que a PGR se manifeste após avaliar se há elementos para abrir investigação sobre o caso. A ministra, no entanto, não determinou um prazo para resposta do Ministério Público.

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