Cappelli diz à CNN que não fica no Ministério da Justiça
Nas redes sociais, secretário-executivo da pasta disse que não pediu demissão e que sairá de férias
Número dois do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou à CNN nesta quinta-feira (11) que não permanecerá na pasta com o anúncio de Ricardo Lewandowski.
Cappelli diz, no entanto, que vai tirar férias nas próximas semanas, que já estavam marcadas, e depois retorna a Brasília para atuar na transição para a nova equipe do ministério.
O secretário-executivo da pasta deve embarcar para o Maranhão na segunda-feira (15), onde fica até o fim do mês.
Nas redes sociais, Capplli reiterou que não pediu demissão da pasta.
“Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, publicou em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
https://twitter.com/ricardocappelli/status/1745448635771634080?s=48&t=dS49xIHAkolkaWpRdG8k0Q
Com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de indicar Flávio Dino para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, Cappelli despontou como um dos nomes que poderia assumir o comando do ministério.
Pesava a favor dele o fato de ter sido o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Contra, o fato de ser jornalista de formação e não ter bagagem jurídica para tocar um ministério tão complexo.
Diante das expectativas pelo anúncio, o secretário-executivo adjunto da Secretaria-Executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Diego Galdino de Araújo, foi exonerado do cargo ainda nesta quinta-feira.
Galdino era considerado o “número 2” de Ricardo Cappelli da pasta.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Comando da PF
Confirmada sua nomeação, Ricardo Lewandowski deve manter Andrei Passos como diretor-geral da Polícia Federal.
A permanência de Andrei no comando da PF tem como pano de fundo o avanço de uma série de investigações que estão em fase final.
Integrantes do governo afirmam que estão neste rol as apurações do caso das joias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da morte de Marielle Franco e das agressões ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
*Com informações de Gustavo Uribe e Marina Demori, da CNN