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    Eleições 2022

    Campanhas de Lula e Bolsonaro agem como bombeiros no 2º turno, diz especialista

    À CNN Rádio, Leonardo Paz avalia que candidatos apostaram mais em aumentar a rejeição um do outro do que em pautas propositivas

    Amanda Garciada CNN

    Em entrevista à CNN Rádio, o pesquisador do Núcleo de Inteligência Internacional da FGV Leonardo Paz avalia que, neste segundo turno, as campanhas dos presidenciáveis agiram “como bombeiros.”

    “Elas atuaram mais apagando incêndios de rejeição do que fazendo agenda propositiva”, afirmou.

    Segundo o especialista, isto se reflete nas agendas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL).

    “Eles não visitaram câmaras e federações comerciais, mas foram, sim, na maior parte, a templos e grupos religiosos, que é de onde provém grande desinformação.”

    Para Leonardo, “ao invés de conquistar o eleitor, os candidatos querem ganhar o voto porque o eleitorado rejeita o seu adversário.”

    “O segundo turno não foi espaço de debate e proposições concretas para o próximo governo”, completou.

    Leonardo Paz lembra que, independentemente de quem for eleito, cerca de 40% de todo o eleitorado vai rejeitar o vencedor, dado o acirramento.

    “Quando há eleição, a gente afirma que existe o período dos 100 primeiros dias de governo de lua de mel com eleitores, mas acho que não teremos este período de tranquilidade.”

    O pesquisador afirma que o último debate entre Lula e Bolsonaro, que acontece nesta sexta-feira (28) na TV Globo, deve ter propostas, mas também deve transitar na estratégia de aumentar a rejeição um do outro.

    *Com produção de Isabel Campos

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