Câmara do DF pede novamente ao STF para ouvir Anderson Torres, em sessão fechada e sem algemas
Segundo presidente da CPI no DF, o ex-ministro tem interesse em falar, mas sem exposição
A Câmara Legislativa do Distrito Federal pediu, novamente, ao Supremo Tribunal Federal que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres seja ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro.
O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, nesta quinta-feira (9).
Na petição, os deputados pedem para ouvir Torres na próxima quinta-feira (16), às 10h, em sessão reservada. Ela funciona apenas com deputados e um assessor de cada parlamentar. Não tem plateia nem imprensa.
Segundo os deputados distritais, foi um pedido do ex-secretário de Segurança do DF. “Ele não quer exposição. Ele quer falar, disse que tem muito pra falar, mas já foi muito exposto. Falaria se fosse algo reservado. Ele falou isso ontem quando enviamos a notificação a ele”, explicou à CNN o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT).
Na negociação, os deputados também garantiram que não haverá fotos ou imagem dele, e que ele não usará algemas. O objetivo é que ele concorde com o depoimento. Isso porque o STF se manifestou contra condução coercitiva de preso em depoimentos.
O depoimento de Anderson Torres estava previsto para esta quinta (9) na CLDF. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a ida dele, contanto que ele concordasse, o que não aconteceu. A defesa confirmou à CNN a negativa e a petição foi enviada à Suprema Corte nesta quinta de tarde. Torres também pede que o nome dele seja excluído do rol de convocados a depor.