Câmara aprova a indicação do deputado Jhonatan de Jesus para vaga no TCU
Indicado do Centrão contou com apoio do PT e do presidente da Câmara, Arthur Lira; resultado precisa ser chancelado pelo Senado Federal
Com 239 votos favoráveis, a Câmara dos Deputados aprovou a indicação do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos – RR) para o Tribunal de Contas da União (TCU). A vaga aberta é a da ministra Ana Arraes, que se aposentou em 2022. A indicação ainda precisa do aval do Senado.
Na defesa da candidatura, o deputado do “Centrão” se comprometeu a manter “portas abertas” para receber parlamentares no TCU. Afirmou ainda que, se confirmada a indicação, pretende combater a criminalização da política e ainda agradeceu o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira.
A candidatura de Jhonatan foi costurada ainda em 2022 e ganhou apoio formal do PT. O movimento faz parte dos vários acenos petistas para atrair o Republicanos para a base do governo. A aproximação do governo com a sigla incluiu articulações para aprovação da PEC do Estouro.
O Tribunal de Contas da União, apesar do nome, não é ligado ao judiciário e atua para auxiliar o Congresso Nacional e fiscalizar a execução orçamentária e financeira da administração pública.
Dos nove ministros do TCU, seis são escolhidos pelo Congresso Nacional e três pelo presidente da República. Os ministros têm mandato vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.
Na eleição desta quinta-feira (2), concorreram ainda o ex-deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que obteve 174 votos, e a deputada Soraya Santos (PL-RJ) – que conquistou 75 votos.
Durante a campanha pela vaga, Ramalho tentou comover parlamentares por não ter sido reeleito no ano passado. Já Soraya apelou para a necessidade de representantes mulheres nas cadeiras do TCU.
Obras paradas
Durante a eleição, parlamentares governistas fizeram um apelo para que o TCU auxilie o Congresso na retomada de obras paradas.
Levantamento feito ainda durante a transição governamental, com base em dados do TCU, apontou a existência de 8,6 mil obras travadas em todo o Brasil.
Durante a eleição desta quinta-feira, deputados falaram em necessidade de “desburocratização” de processos na corte de contas.