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    Buscando aprovação de PEC, Lira diz que “promotores e procuradores não são Deus”

    Lira afirmou que a PEC será votada na próxima terça-feira (19) e que acredita que há, sim, espaço para aprovação

    Daniela Limada CNN

    Em São Paulo

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou à âncora da CNN Daniela Lima, ao analisar a polêmica em torno da PEC que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que “não tem medo de gritos e que promotor e procurador não são Deus”.

    “Ninguém quer tirar a autonomia do Ministério Público, mas promotor e procurador não são Deus”, afirmou Lira.

    O presidente da Câmara ironizou que todas as instituições estão sujeitas a normas e controles internos, menos o Ministério Público.

    Não é possível que se tenha sempre uma visão de 0 a 100. Ou nenhuma vigilância, ou alguma vigilância é sempre uma interferência que pode ferir de morte. Promotores e procuradores não podem sempre estar se protegendo no manto de que são intocáveis. A sociedade hoje sabe que houve abusos e que é preciso coibir

    Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados

    Lira afirmou também que todas as reivindicações feitas pelas entidades que representam promotores e procuradores foram atendidas na criação da PEC, e que presidentes de entidades importantes não só acompanharam como participaram da redação do texto final, apresentado na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (14).

    Para o presidente da Câmara, a politização do tema era inevitável. Lira também afirmou que a PEC será votada na próxima terça-feira (19) e que acredita que há, sim, espaço para aprovação.

    Em resposta ao posicionamento contrário de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em relação à PEC, Arthur Lira disse que é bom que ele se manifeste de tal forma, porque, segundo ele, Deltan é uma das faces que personalizam o abuso já cometido anteriormente.

    O presidente da Câmara ainda disse que “a gritaria do Ministério Público não vai modificar votos dentro da Câmara”, e que ele “não tem medo de gritos”.

    “Comigo é bateu, levou”, afirmou Lira.