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    Buscamos suprir mercado da cloroquina no país, afirma Ernesto Araújo

    À CPI, ex-chanceler também disse que a pasta atendeu a um pedido do Ministério da Saúde para buscar ajuda no exterior para importação de insumos do medicamento

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou que não houve ideologização na compra de cloroquina – medicamento sem comprovação científica para tratar a Covid-19 –  e que a aquisição foi feita “para suprir o mercado brasileiro de hidroxicloroquina”.

    “A ação correspondeu a uma necessidade real de suprir o sistema de saúde brasileiro desse medicamento, que é utilizado para várias doenças, e que naquele momento gerava expectativas de que pudesse ser usado também para a Covid. Concretamente, o que foi feito foi para suprir o mercado brasileiro de hidroxicloroquina. Portanto, nada de ideológico”, disse o ex-ministro.

    Mais cedo, o ex-chanceler afirmou na CPI que a pasta atendeu a um pedido do Ministério da Saúde para buscar ajuda no exterior para a importação de insumos da cloroquina.

    “Em função de um pedido do Ministério da Saúde foi que nós procuramos ajudar a viabilizar uma importação de insumos para farmacêuticas brasileiras produzirem hidroxicloroquina”, afirmou.

    Segundo Araújo, a importação já estava acertada, mas a Índia “havia bloqueado as exportações”. “Já estava contratado, mas a Índia, justamente como havia uma procura mundial, não se sabia se a cloroquina teria uma procura ainda maior, havia bloqueado exportações”, relatou.

    O ex-chanceler também disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu que o Itamaraty viabilizasse um telefonema dele com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

    Ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo presta depoimento à CPI
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado