Bruno Reis defende vacinação obrigatória para retomada de atividades em Salvador
Atual vice e candidato à prefeitura da capital baiana diz, em sabatina à CNN, que importante é imunizar a população, independentemente da origem da vacina
O candidato do DEM à prefeitura de Salvador, Bruno Reis, afirmou nesta terça-feira (20), em sabatina à CNN, que a vacinação contra Covid-19 deve ser obrigatória quando houver um imunizante autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para permitir a retomada o mais rápido possível das atividades na cidade.
“Eu acho que sim, todos devemos nos imunizar até para, de uma vez por todas, sepultar o coronavírus. Está virando mais uma vez um debate político, quando eu acho que o importante é trazer segurança para a população e salvar a vida das pessoas”, disse Reis, ao ser questionado pelo âncora Daniel Adjuto sobre o tema.
O político do DEM disse ainda que o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de quem ele é vice, se reuniu na semana passada com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para tratar de uma possível compra de doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.
“Nossa economia está fortemente impactada neste momento e quem mais quer que tudo passe somos nós. Não vamos medir esforços para [imunizar a população], assim que chegue a vacina, seja qual for, de onde venha. Importante é que seja aprovada e testada pelos órgãos e que a gente possa distribuir para a população de Salvador.”
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Ainda na questão da pandemia do novo coronavírus, ao ser confrontado com o fato de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em mais de uma ocasião, imputou aos governos locais a responsabilidade pelas medidas de restrição e pelos números de casos e mortes causados pela Covid-19, Reis evitou críticas e preferiu destacar as medidas tomadas pelo seu governo.
“Aqui, desde o primeiro momento, adotamos isolamento parcial. Nunca decretamos lockdown, toque de recolher. Restringimos atividades que provocavam aglomerações e isso fez com que Salvador se diferencia de muitas cidades (…) Adotamos a estratégia correta e quando a gente compara os números com nossos vizinho Recife e Fortaleza, ou mais distantes como Belém ou até mesmo Rio de Janeiro, vamos ver que estamos passando bem por mais essa crise”, opinou.
Ele disse ainda temer uma segunda onda de casos da doença, tanto no mundo, quanto no Brasil, e lamentou episódios de aglomerações como os registrados na capital baiana nos últimos dias.
Relação com governo estadual e federal
Reis prometeu que, caso seja eleito, manterá a “melhor relação possível” tanto com o governo do estado, comandado por Rui Costa (PT), quando com o governo federal, de Bolsonaro.
“Sempre que estiver em jogo os interesses da cidade com qualquer outro interesse, irá prevalecer o interesse da cidade. Vamos ter a capacidade de colocar sempre acima de questões políticas, partidárias e ideológicas os interesses da cidade”, disse.
Questionado sobre se era um aliado ou adversário de Bolsonaro, evitou uma resposta direta e disse que sua aliança é com a cidade de Salvador. E reiterou, mais uma vez, sua disposição para dialogar com outros governos.
“Quer queira, quer não queira, eles são os governantes até 2022, pelo menos, e irei [dialogar] de forma institucional.”
Carnaval de 2021
Sobre as festividades do Carnaval, em 2021, o democrata disse que a decisão sobre a realização ou não será tomada em conjunto com toda a indústria do carnaval, incluindo blocos afros, afroxés, os blocos de corda, sem corda, os camarotes.
Ele afirmou ainda que o prazo máximo para essa decisão é o fim do mês de novembro, passado os dois turnos das eleições municipais.
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“O que vai decidir isso? Se agente tiver imunidade de rebanho ou a chegada de uma vacina que possa imunizar toda população. Se for adiar, a ideia é fazer em conjunto com São Paulo e Rio de Janeiro, os dois estados mais emissários de pessoas para o carnaval de Salvador”, afirmou.
Ele disse ainda que o carnaval tem papel fundamental para a economia de Salvador pois gera milhares de empregos, aquece a economia e projeta a cidade para o Brasil e para o mundo. Por isso, a decisão deve ser tomada “com toda a responsabilidade”.
Impactos da Covid na educação
Bruno Reis afirmou que, no pós-pandemia, quando as aulas presenciais forem retomadas nas escolas de Salvador, o contraturno será utilizado para reforço escolar utilizando a infraestrutura que foi montada pelo município para oferecer aulas remotas durante o período de isolamento.
“Distribuímos 33 mil chips para que as crianças tivessem acesso às aulas online. Em seguida, licitamos e contratamos dois canais de TV aberta e passamos a fazer as videoaulas”, disse.