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    Brasil e EUA discutem sanções à Rússia em Washington

    Itamaraty deixou claro ser contra a aplicação de sanções unilaterais; Estados Unidos querem o recrudescimento das condenações aos russos

    Visão geral do Kremlin, em Moscou, na Rússia
    Visão geral do Kremlin, em Moscou, na Rússia Getty Images

    Caio Junqueira

    Diplomatas brasileiros e americanos discutiram nesta semana em Washington a guerra da Ucrânia e as posições dos dois lados nos fóruns multilaterais, em especial no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). As sanções voltaram a ser um tema debatido e houve novamente divergência de posições.

    O Brasil deixou claro ser contra a aplicação de sanções unilaterais à Rússia devido principalmente ao desarranjo econômico que isso gera na economia mundial, com impacto grande também na economia brasileira. Os Estados Unidos, por sua vez, reiteraram sua posição a favor das sanções e do recrudescimento das condenações a Rússia, em especial nas resoluções da ONU.

    A informação dos encontros foi confirmada pelo Departamento de estado americano, que informou à CNN que o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster, e o secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania do Itamaraty, Paulino Franco de Carvalho Neto, tiveram diversas reuniões no Departamento de Estado americano nesta semana para discutir “assuntos relacionados com a agenda do Conselho de Segurança e também a situação na Ucrânia e como as órgãos da ONU podem apoiar a Ucrânia na situação atual”, informou à CNN o departamento de Estado dos EUA.

    Uma das reuniões, por exemplo, foi com uma das responsáveis do governo Joe Biden por Controle de Armamentos e Segurança Internacional. Outro com uma das responsáveis sobre Organizações Internacionais.

    As reuniões, segundo fontes do governo brasileiro, já estavam programadas antes da guerra da Ucrânia dentro de um esforço do Brasil de dialogar com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Nesse sentido, já houve conversas com os chineses e franceses. Nesta semana, com os americanos e até o final deste mês deve haver reunião com os ingleses. O Brasil pretende se encontrar com os russos, mas avalia as condições tendo em vista as dificuldades em razão da guerra.