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    Brasil condena explosões de pagers que matou ao menos nove pessoas no Líbano

    Não há registro de brasileiros entre as vítimas, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores

    Patrícia Nadirda CNN , Brasília

    O governo federal condenou, nesta terça-feira (17), as explosões de pagers — um tipo de dispositivo de comunicação — no Líbano. Ao menos nove pessoas morreram e cerca de 2,8 mil ficaram feridas após o episódio, segundo o Ministério da Saúde local.

    Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que as explosões aumentam as tensões na região e o risco de agravamento do conflito. Declarou também que a comunidade internacional apela para que os países do Oriente Médio resolvam seus impasses pacificamente.

    “Tais atos conduzem a escalada significativa de tensões na região e exacerbam o risco de alastramento do conflito. Demonstram, também, que, lamentavelmente, têm sido inócuos os múltiplos apelos da comunidade internacional para que atores no Oriente Médio exerçam máxima contenção”.

    Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute não tem registro de brasileiros entre as vítimas e está empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade nacional que se encontra na região.

    O governo brasileiro também reiterou seu respeito à soberania dos países e pediu que os envolvidos cumpram a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, adotada depois da guerra de Israel contra o Hezbollah em 2006.

    “O Brasil reitera o caráter imperativo do pleno respeito à soberania e à integridade territorial dos países e reafirma sua defesa do estrito cumprimento da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

    Explosão de pagers

    Centenas de pagers explodiram em série nesta terça-feira (17) no Líbano, matando nove pessoas e ferindo 2,8 mil. O Hezbollah, grupo extremista que luta contra Israel, confirmou a morte de alguns de seus integrantes e culpou o país de Benjamin Netanyahu pelo caso.

    As autoridades pediram aos cidadãos que possuem pagers que os descartem e alertou os hospitais para que fiquem em “alerta máximo”.

    O Exército israelense, que vem realizando ataques retaliatórios contra o Hezbollah desde o início da guerra da Faixa de Gaza em outubro passado, disse que não comentaria o caso.

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