Brasil condena explosões de pagers que matou ao menos nove pessoas no Líbano
Não há registro de brasileiros entre as vítimas, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores
O governo federal condenou, nesta terça-feira (17), as explosões de pagers — um tipo de dispositivo de comunicação — no Líbano. Ao menos nove pessoas morreram e cerca de 2,8 mil ficaram feridas após o episódio, segundo o Ministério da Saúde local.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que as explosões aumentam as tensões na região e o risco de agravamento do conflito. Declarou também que a comunidade internacional apela para que os países do Oriente Médio resolvam seus impasses pacificamente.
“Tais atos conduzem a escalada significativa de tensões na região e exacerbam o risco de alastramento do conflito. Demonstram, também, que, lamentavelmente, têm sido inócuos os múltiplos apelos da comunidade internacional para que atores no Oriente Médio exerçam máxima contenção”.
Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute não tem registro de brasileiros entre as vítimas e está empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade nacional que se encontra na região.
O governo brasileiro também reiterou seu respeito à soberania dos países e pediu que os envolvidos cumpram a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, adotada depois da guerra de Israel contra o Hezbollah em 2006.
“O Brasil reitera o caráter imperativo do pleno respeito à soberania e à integridade territorial dos países e reafirma sua defesa do estrito cumprimento da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Explosão de pagers
Centenas de pagers explodiram em série nesta terça-feira (17) no Líbano, matando nove pessoas e ferindo 2,8 mil. O Hezbollah, grupo extremista que luta contra Israel, confirmou a morte de alguns de seus integrantes e culpou o país de Benjamin Netanyahu pelo caso.
As autoridades pediram aos cidadãos que possuem pagers que os descartem e alertou os hospitais para que fiquem em “alerta máximo”.
O Exército israelense, que vem realizando ataques retaliatórios contra o Hezbollah desde o início da guerra da Faixa de Gaza em outubro passado, disse que não comentaria o caso.
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