Bolsonaro quer que Secretaria de Comunicação fale de coronavírus
Titular da área foi primeiro auxiliar do presidente a ter doença comprovada



A imagem de Jair Bolsonaro usando uma máscara de proteção contra o coronavírus é emblemática e dá outro tom ao combate à doença. O presidente tem suspeita de estar com o vírus. Por isso, tem que usar a máscara.
Até o início da semana, ele acusava a imprensa de fantasiar sobre o avanço da doença. Aliado e secretário de comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, está com vírus.
O presidente decidiu que qualquer ação que saia das reuniões que terá hoje (sexta-feira) seja anunciada pela secretaria de comunicação, a Secom do secretário infectado.
É emblemático também o discurso ontem da live em que o presidente diz que o anúncio de manifestação “já foi um tremendo recado ao Parlamento”. Ele que antes tentava negar que as manifestações eram contra o Congresso, agora mostra que as razões para o protesto já não poderiam ficar mascaradas.
Graças ao pedido de Bolsonaro, que disse não promover o ato, ele não irá mais acontecer.
Após a Itália, Bolsonaro também deve deixar para depois uma viagem que faria ao leste europeu, no fim de abril. Ele iria visitar a Polônia e Hungria. Esses países, que vão perder espaço na agenda do presidente por causa do coronavírus, são vistos como expoentes da política de direita.