Bolsonaro pretende deixar a cargo de ministros ritmo de saída do governo
Ao todo, oito ministros devem deixar o governo federal; presidente já indicou que a maior parte das substituições deve ser efetivada por meio de promoções de secretários-executivos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não pretende fazer um anúncio unificado de reforma ministerial e pode deixar a cargo de cada ministro a data de saída do governo federal.
A intenção, de acordo com auxiliares do governo, foi manifestada em reunião ministerial, promovida na quinta-feira (17). O encontro serviu como uma espécie de despedida para cerca de um terço da Esplanada dos Ministérios.
No final de semana, o presidente ainda tinha dúvidas se faria uma reforma ministerial unificada ou a conta gotas. Como cada assessor do governo tem uma preferência de data, a tendência do presidente é deixar a decisão a cargo de cada um.
A Justiça Eleitoral estabelece até o dia 2 de abril como prazo para desincompatibilização de funcionários públicos que pretendem ser candidatos na disputa deste ano.
Antes de efetivar a saída, o Palácio do Planalto orientou as pastas ministeriais a entregar o máximo de projetos e programas possíveis.
Ao todo, oito ministros devem deixar o governo federal. O presidente já indicou que a maior parte das substituições deve ser efetivada por meio de soluções caseiras, ou seja, com a promoção de secretários-executivos.
Veja os ministros que devem deixar o governo:
Walter Braga Netto (Ministério da Defesa)
Cargo: Vice-presidente de Jair Bolsonaro
Cotado para substituí-lo: Paulo Sérgio Nogueira (Comandante do Exército)
Tarcísio Freitas (Ministério da Infraestrutura)
Cargo: Governador de São Paulo
Cotado para substituí-lo: Marcelo Sampaio (secretário-executivo)
Flávia Arruda (Secretaria de Governo)
Cargo: Senadora pelo Distrito Federal
Cotado para substituí-lo: Célio Faria (chefe de gabinete da Presidência da República)
Tereza Cristina (Ministério da Agricultura)
Cargo: Senadora pelo Mato Grosso do Sul
Cotado para substituí-lo: Marcos Montes (secretário-executivo)
Rogério Marinho (Ministério do Desenvolvimento Regional)
Cargo: Senador pelo Rio Grande do Norte
Cotado para substituí-lo: Daniel Duarte (secretário-executivo)
João Roma (Ministério da Cidadania)
Cargo: Governador da Bahia
Cotado para substituí-lo: Luiz Galvão (secretário-executivo)
Gilson Machado (Ministério do Turismo)
Cargo: Senador pelo Pernambuco
Cotado para substituí-lo: Carlos Brito (presidente da Embratur)
Onyx Lorenzoni (Ministério do Trabalho)
Cargo: Governador do Rio Grande do Sul
Cotado para substituí-lo: pasta pode ser fundida ao Ministério da Economia.