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    Bolsonaro pede fim de investigação de reunião com embaixadores e acusa oposição

    Advogado do presidente alega que os autores da ação tentam usar o Poder Judiciário "para fins políticos e eleitoreiros"

    Gabriel Hirabahasida CNN , Brasília

    A defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (13), o arquivamento de um pedido de investigação contra o chefe do Executivo federal por causa de uma reunião feita com embaixadores em julho, oportunidade em que o presidente fez questionamentos sobre o sistema eleitoral brasileiro.

    O advogado que representa Bolsonaro no caso alegou, ainda, que os autores da ação (deputados federais do PT) tentam usar o Poder Judiciário “para fins políticos e eleitoreiros”.

    “Em palavras claras, pretendem os noticiantes se utilizar do Poder Judiciário para fins políticos e eleitoreiros, hipótese que merece ser severamente rechaçada, especialmente quando em jogo a vã tentativa de criminalizar a liberdade de expressão e a livre manifestação de ideias políticas”, argumentou.

    Bolsonaro é acusado pelos opositores de ter feito ataques ao sistema eleitoral (sem provas de qualquer fragilidade) diante de representantes de diversos países. O presidente chegou a convidar outras autoridades, como o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, mas o ministro não esteve presente.

    A defesa de Bolsonaro argumenta que não se pode restringir a liberdade de expressão e impedir que o presidente faça as críticas que bem entender.

    “O que se revela inadmissível, com a devida vênia, é restringir a liberdade de expressão do Sr. Presidente da República simplesmente porque seu posicionamento pessoal acerca do sistema eleitoral brasileiro não está inteiramente alinhado àquele defendido pela cúpula da Justiça Eleitoral e por parcela do Parlamento Brasileiro. Isso sim seria um comportamento antidemocrático”, afirmou.

    O advogado do presidente afirmou que Bolsonaro “exalta seu raciocínio de que cabe a todos os Poderes Constitucionais, inclusive o Poder Executivo, sugerir aprimoramentos ao sistema eleitoral para o Tribunal Superior Eleitoral” e que o sistema eleitoral pode passar por “constante aperfeiçoamento”.

    O pedido de investigação apresentado contra Bolsonaro foi elaborado por deputados federais do PT. O caso estava sob relatoria da ministra Rosa Weber até esta segunda-feira (12). Com a posse da ministra como nova presidente do STF, o caso foi redistribuído para o ministro Luiz Fux, que agora conduzirá o processo.

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