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    Bolsonaro não quer relação negativa com Rosa Weber, afirmam ministros

    Presidente não esteve na cerimônia de posse no STF, mas cinco representantes do governo foram

    Basília Rodrigues

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) não quer ter uma relação negativa com a recém-empossada presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A informação é de ministros do governo.

    Nas palavras de auxiliares de campanha de Bolsonaro, Weber não é um ser político, nem influenciável, o que dificulta negociações de temas de interesse do governo diretamente com a ministra.

    Ao lado de Weber, na segunda-feira (12), o ministro Luís Roberto Barroso assumiu a vice-presidência da Corte e é observado pelo Planalto como uma ponte.

    Apesar de convidado, Bolsonaro faltou à solenidade de posse da nova presidência do STF porque iria participar de um podcast. Cinco ministros de Bolsonaro estiveram na cerimônia: Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), Anderson Torres (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).

    Dada a dificuldade de aproximação com Weber, o ministro da AGU, que habitualmente está na Suprema Corte, é considerado o mais próximo.

    O perfil da ministra encontra paralelo com o de Cezar Peluso, que presidiu o STF entre 2010 e 2012, durante o primeiro governo Dilma Rousseff (PT). Ele era conhecido por sua extrema discrição.

    Weber acumula quase 11 anos de tribunal, em que sempre manteve postura mais reservada. De estilo clássico, a ministra é do tipo que compreende que juiz se manifesta somente pelos autos.

    O discurso de posse permitiu que Weber se manifestasse mais abertamente sobre diversos assuntos.

    Ao término do evento, ela brincava com alguns interlocutores que discursou depois de tanto pedirem para que ela falasse. A ministra repudiou quem ameaça descumprir ordens judiciais e entoa discurso de ódio.

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