Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Bolsonaro monitora “situação emocional” de Anderson Torres após relatos de suposta depressão

    Aliados do ex-presidente temem delação do ex-ministro da Justiça e Segurança; fontes ligadas a Torres afirmaram que o contato aumentou depois que a imprensa começou a relatar que o ex-ministro está depressivo

    Larissa RodriguesElijonas Maiada CNN

    Aliados do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), têm ligado semanalmente para familiares do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex –ministro da Justiça, Anderson Torres, para monitorar sua “situação emocional”.

    Fontes ligadas a Torres relataram à CNN que as tentativas de contato aumentaram depois que a imprensa começou a relatar que o ex-ministro está depressivo e, em especial, após a troca de seu advogado.

    Atualmente, o responsável pela defesa de Anderson Torres é Eumar Novacki, ex-chefe da Casa Civil do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).

    Anteriormente, o advogado do ex-ministro da Justiça era Rodrigo Roca, que tinha uma relação mais próxima com a família do ex-presidente da República.

    Com a saída de Roca, pessoas ligadas a Bolsonaro teriam aumentado o temor de que Anderson Torres, cansado de estar na prisão, poderia pensar em fazer delação premiado ou mesmo mudar versões dadas anteriormente sobre a minuta golpista encontrada na casa do ex-secretário de Segurança do DF.

    No entanto, a possibilidade de uma delação vem sendo rebatida pela defesa de Torres que disse, à reportagem, que tal decisão está “descartada”.

    Ainda segundo pessoas próximas ao ex-ministro, o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente, teria também tentado marcar um encontro presencial com a família de Torres, após a troca da defesa, o que não teria sido aceito pelos familiares. Procurado por meio de sua assessoria, o senador não se manifestou até a publicação desta reportagem.

    Nesta segunda-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da revogação da prisão preventiva do ex-ministro.

    O órgão defendeu que a saída da prisão seja seguida pelo cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de Torres deixar o Distrito Federal e de manter contato com os demais investigados pelos atos de 8 de janeiro, além do afastamento do cargo de delegado de Polícia Federal.

    Torres, que está preso desde o dia 14 de janeiro, pediu, pela segunda vez, a revogação da prisão em 10 de abril. No pedido, o advogado citou que, após a prisão, as filhas de Torres (de 9, 11 e 13 anos de idade) passaram a receber acompanhamento psicológico “com prejuízo de frequentarem regularmente a escola”.

    Também disse que a mãe do ex-ministro passa por um tratamento de câncer e que ele “entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos.

    Tópicos