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    “Bolsonaro inelegível foi resposta do Brasil para o mundo”, diz senadora Eliziane Gama à CNN

    Relatora da CPMI do 8 de janeiro afirmou que o ex-presidente foi "figura central" para o desenvolvimento dos atos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes

    Lucas SchroederPedro Nogueirada CNN

    São Paulo e Brasília

    A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (8), que a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi uma resposta do Brasil para o mundo em relação aos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.

    “Eu acho que o Brasil deu uma resposta para o mundo quando deixou inelegível o ex-presidente. O Brasil se apresenta para o mundo e diz: ‘Olha, quem conflagrou, quem incentivou, quem trabalhou uma campanha de ódio e tentou dividir o Brasil, nós o tornamos inelegível, porque no Brasil o que impera é a democracia, o direito ao contraditório, é ganhar e aceitar perder’. Essa resposta para o mundo foi muito importante”, declarou a senadora.

    Ao ser questionada sobre a possível influência do ex-presidente sobre os ataques aos Três Poderes, Eliziane disse que Bolsonaro foi “figura central” para a gestação dos atos que culminaram na invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

    “Não há dúvida nenhuma: a figura central em relação aos atos de 8 de janeiro foi o ex-presidente Bolsonaro, porque o 8 de janeiro não foi o 8 de janeiro em si, ele foi a culminância de várias ações anteriores”, enfatizou Eliziane, que atuou como relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável pela investigação dos atos criminosos.

    A senadora citou como exemplos os discursos do ex-mandatário, que constantemente colocava em xeque a lisura do processo eleitoral, e os tumultos registrados nas ruas de Brasília durante a diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2022.

    “O ex-presidente Bolsonaro teve papel predominante nesse sentido de questionamento do processo eleitoral. Quando o presidente fala, a Bolsa cai e o dólar sobe, dada a importância da fala de um presidente da República. Na medida em que ele estimulava o ódio, na medida em que ele estimulava o questionamento do processo democrático brasileiro, automaticamente ele criava uma massa na sociedade”, concluiu Eliziane.

    Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima.