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    Em live, Bolsonaro fala em indicar nome para o MEC na sexta e critica Facebook

    Presidente diz que não está ganhando nada com divulgação da hidroxicloroquina e que toma medicação sob orientação médica

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    Em isolamento após o diagnóstico positivo para a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou a sua live semanal das quintas-feiras sozinho, sem a participação habitual de intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e de integrantes do governo.

    O presidente disse que espera indicar o novo ministro da Educação nesta sexta-feira (10) e afirmou ter conversado com “cinco ou seis nomes”. Bolsonaro afirmou estar buscando um nome que “promova o diálogo” e que “não pode botar as pessoas por pressão”.

    O cargo está vago desde o último dia 30, quando Carlos Alberto Decotelli pediu demissão após serem apontadas inconsistências em seu currículo. A nomeação de Decotelli foi revogada antes de ele tomar posse e, portanto, o último ministro efetivo é Abraham Weintraub, que deixou o governo em 18 de junho.

    Desde então, o cargo vem sendo ocupado interinamente pelo secretário-executivo, Antônio Paulo Vogel. O presidente chegou a definir o nome de Renato Feder, secretário da Educação do Paraná, para o posto. No entanto, Feder acabou recusando o convite depois de sofrer pressão de parte dos aliados do governo pela proximidade com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

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    Facebook

    Bolsonaro criticou a decisão do Facebook de derrubar páginas que o apoiavam, e afirmou que a empresa agiu politicamente. Ele disse não considerar que há “conteúdo de ódio” nas páginas derrubadas pela rede social.

    “É lamentável o que está acontecendo. Nós não podemos perder a nossa liberdade. Isso me elegeu presidente da República”, afirmou Bolsonaro na live. “Desafio a mostrar uma postagem de ódio”, completou.

    As páginas removidas no Brasil pertenciam a assessores de Bolsonaro e de aliados, segundo o Facebook.

    De acordo com comunicado divulgado pela rede social, as investigações envolvem “comportamento inautêntico coordenado no Brasil”. Isso, segundo a rede social, quer dizer que “grupos de páginas ou pessoas atuam juntas para enganar os outros sobre quem eles são ou sobre o que estão fazendo”. Segundo a empresa, as postagens não precisam ser necessariamente falsas.

    Cloroquina

    Bolsonaro também rebateu as críticas que recebeu por divulgar vídeo tomando a hidroxicloroquina. “Não estou ganhando nada com isso. Estão dizendo que eu estou fazendo propaganda da hidroxicloroquina, não tenho nenhum negócio com essa empresa”, disse.

    O presidente afirmou que tomou o medicamento mediante receita médica. “Devidamente recomendado pelo médico, recomendo que você faça a mesma coisa [procure um médico], caso sinta sintomas”, disse.

    Pela cronologia citada por Bolsonaro, ele começou a tomar o medicamento antes da confirmação da Covid-19. A recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM) é o receituário apenas a casos confirmados.

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