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    Bolsonaro escolhe Alexandre Ramagem, diretor da Abin, para comandar a PF

    Troca na PF foi estopim da demissão de Sergio Moro do ministério

    Caio Junqueirada CNN

    O presidente Jair Bolsonaro escolheu o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para comandar a Polícia Federal. Ramagem substitui Maurício Valeixo, exonerado na manhã desta sexta-feira (24), em decisão que provocou o pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

    O novo diretor-geral da PF é um nome próximo ao presidente Bolsonaro, tendo participado da sua escolta pessoal durante a campanha eleitoral de 2018. A decisão foi tomada em reunião no Palácio do Planalto entre o presidente e ministros, segundo fontes confirmaram à CNN.

    Ramagem também é um nome que agrada aos ministros da ala militar do governo federal. A Abin é um órgão subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão que tem o general Augusto Heleno como seu ministro-chefe. 

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    O presidente Jair Bolsonaro trabalha com quatro nomes para a sucessão do ex-ministro Sergio Moro. Dois já integram o governo: o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge de Oliveira Francisco, e o advogado-geral da União André Mendonça.

    Os outros dois vêm, assim como Moro, da magistratura. São eles os desembargadores federais Carlos Eduardo Thompson Flores e Nagib Slaibi Filho. Thompson Flores é o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e, como desembargador, votou pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em segunda instância.

    Interferência política

    Durante o anúncio do seu pedido de demissão, Sergio Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de desejar interferir politicamente no trabalho da Polícia Federal.

    Moro disse que o presidente Jair Bolsonaro gostaria de ter uma relação mais próxima com as pessoas nomeadas para a Polícia Federal, como alguém que “que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse recolher relatórios de inteligência”. “Eu disse que seria uma interferência política. Ele disse que era mesmo”.

    Em resposta ao ex-ministro, Bolsonaro afirmou que não pediu para acessar investigações nem para a proteção de pessoas e que sua intenção era ter uma pessoa mais próxima para receber informações periódicas. Ele também cobrou o andamento da investigação a respeito da facada que sofreu quando ainda era candidato à Presidência, em 2018.