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    Bolsonaro entendeu que conflito poderia inviabilizá-lo em 2022, diz especialista

    Cientista político afirmou à CNN que mudança de tom ocorreu principalmente em relação aos poderes Legislativo e Judiciário

    Discurso do Presidente da República Jair Bolsonaro
    Discurso do Presidente da República Jair Bolsonaro Alan Santos/PR

    Da CNN em São Paulo

    Em entrevista à CNN, o cientista político Murillo de Aragão afirmou que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) “parece que entendeu que o conflito poderia inviabilizá-lo como candidato no ano que vem”.

    De acordo com o especialista, essa compressão do chefe do Executivo aconteceu principalmente em relação aos poderes Legislativo e Judiciário.

    “Ele faz uma autocrítica com relação ao seu comportamento político, mostrando que de certa forma aquele cartão amarelo que o Supremo Tribunal Federal (STF) deu acabou causando efeito”, disse Aragão.

    O tom mais brando do presidente em relação às instituições começou após o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, declarar que qualquer chefe de Poder que descumprir decisões judiciais estaria cometendo um crime de responsabilidade. A fala veio após os atos de 7 de Setembro.

    Depois disso, Bolsonaro fez uma carta ressaltando que não tinha “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.

    Mesmo com essa conduta, Aragão reforça que ele manteve o “discurso mais ideológico” no discurso na 76ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

    Na abertura, Bolsonaro defendeu o “tratamento precoce” contra a Covid-19, que não possui comprovação científica, mas segue como uma de suas bandeiras.