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    Ano eleitoral dificulta escolha de Bolsonaro para líder do governo no Senado

    Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou o cargo em 15 de dezembro e desde então a função está vaga

    Gustavo Uribe

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem enfrentado dificuldades para encontrar um novo líder do governo no Senado Federal. O posto está sem um titular definitivo há mais de um mês.

    Em dezembro, o antigo titular, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deixou o posto após ser derrotado, com uma votação inexpressiva em eleição para uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União).

    Segundo assessores presidenciais e parlamentares governistas, a dificuldade do presidente se deve à intenção de senadores aliados de disputarem governos estaduais neste ano.

    Entre os nomes favoritos do presidente para o posto estão os dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO). O primeiro deve ser candidato em Santa Catarina e o segundo pretende disputar a gestão estadual em Rondônia.

    Segundo auxiliares palacianos, o presidente reconhece, em conversas reservadas, dificuldades em nomear um aliado que se envolverá em disputas eleitorais, ou seja, que não terá disponibilidade para capitanear articulações políticas no Congresso Nacional.

    No Palácio do Planalto, são citados também como cotados os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Carlos Viana (MDB-MG). O segundo pretende disputar o governo mineiro, mas o MDB ainda não bateu o martelo sobre ter uma candidatura própria.

    O segundo não participará da disputa eleitoral, mas há uma resistência ideológica ao seu nome. O parlamentar é autor de projeto de lei que institui o passaporte da vacina, medida criticada pelo presidente.

    Diante do quadro de dificuldades, ministros palacianos chegaram a sugerir a nomeação para a função do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).O filho do presidente, no entanto, deve coordenar a campanha à reeleição do pai, o que também é apontado como um fator que dificulta a sua indicação.

    Com a indefinição, o presidente foi aconselhado por senadores governistas a aguardar o retorno do recesso parlamentar, em fevereiro, para definir um nome.

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