Bolsonaro e Michelle pedem indenização de R$ 20 mil após fala de Lula sobre sumiço de móveis no Alvorada
Ação está no 4° Juizado Especial Cívil de Brasília e foi apresentada por quatro advogados
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entraram nessa sexta-feira (22) com uma ação na Justiça contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após acusação de que móveis — do patrimônio público — haviam desaparecido no Palácio da Alvorada.
A ação está no 4° Juizado Especial Cívil de Brasília e foi apresentada por quatro advogados. O valor pedido no processo é de R$ 20 mil por direito de imagem.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não havia “nenhum tipo de controle” da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Por isso, esses 261 itens não foram encontrados”, disse o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação do governo federal.
No início da semana, a Comissão de Inventário Anual da Presidência da República localizou todos os bens que estavam “desaparecidos” do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
Segundo o ministro, o número de 261 itens não é do governo Lula, mas da gestão Bolsonaro, “quando foi realizada a transição”. O documento do governo anterior teria sido datado de 4 de janeiro de 2023. “Não é um número nosso, é um número que foi informado pelo Bolsonaro”.
Bolsonaro e sua esposa, Michelle, reagiram à notícia de que os móveis haviam sido encontrados. O ex-presidente disse que Lula teria incorrido em “falsa comunicação de furto”. Já Michelle citou uma “cortina de fumaça” do governo Lula.
No início do ano passado, após Lula assumir o governo, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse que estavam faltando móveis no Alvorada. Agora, após a revelação da descoberta dos móveis, Michelle disse que a atual gestão sempre soube “que isso era uma mentira”. Após a afirmação de Janja, Michelle à época publicou vídeo na internet, afirmando onde estariam os móveis.
O ministro Paulo Pimenta foi o primeiro integrante do governo Lula a se manifestar a respeito dos móveis.
Questionado pela CNN sobre uma avaliação dos itens, o ministro disse que não conseguiria falar em valores pela grande diversidade deles, como quadros, móveis e panelas.