Bolsonaro é aconselhado a deixar pedido de impeachment para senador aliado
No final de semana, presidente anunciou que vai pedir abertura de processo de impeachment contra os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido aconselhado a não entregar pessoalmente ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedido de impeachment contra os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil, assessores presidenciais e parlamentares governistas têm defendido que o pedido seja protocolado, com a chancela de Bolsonaro, por um senador aliado. A ideia é, assim, evitar expor Pacheco, cuja tendência é de que não dê prosseguimento à solicitação.
Segundo parlamentares da base aliada, o presidente chegou a cogitar comparecer pessoalmente ao Senado Federal para apresentar a solicitação. Para integrantes do bloco do Centrão, no entanto, o gesto poderia expor Pacheco, já que a expectativa era de que o senador recebesse o pedido do presidente em mãos.
Para evitar criar um mal-estar, a ideia defendida por integrantes do Palácio do Planalto é de que coubesse a um senador governista a apresentação do pedido, com o apoio do presidente. Nas palavras de um aliado de Pacheco, não caberia ao Legislativo se envolver em um desgaste institucional entre Executivo e Judiciário.
Neste final de semana, Bolsonaro anunciou que vai pedir a abertura de processo de impeachment contra os ministros. Como a tendência é de que Pacheco não os leve adiante, lideranças do centrão têm tentado convencer o presidente a desistir da iniciativa.