Bolsonaro deve voltar a ser investigado sobre pandemia após troca na PGR
O atual procurador-geral, Augusto Aras, blindou o ex-presidente de eventuais crimes cometidos na gestão da doença
Com o fim do mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), deve ser aberta mais uma frente de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): as responsabilidades na pandemia da Covid-19.
O atual procurador-geral, Augusto Aras, blindou o ex-presidente de eventuais crimes cometidos na gestão da doença.
A recondução de Aras, no entanto, está praticamente descartada por Lula.
Os mais cotados para ocupar o cargo — os subprocuradores Antonio Carlos Bigonha e Paulo Gonet Branco — estão dispostos a retomar as investigações, apurou a CNN.
Em julho, pouco antes do recesso do Judiciário, o ministro Gilmar Mendes anulou uma decisão da Justiça do Distrito Federal que arquivou parte de uma investigação sobre suspeitas de irregularidades na pandemia.
São alvos da investigação o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazzuello, o ex-número 2 da pasta o coronel Élcio Franco, a ex-secretária da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina, e o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten. Os envolvidos têm negado qualquer irregularidade.
A investigação é resultado da CPI da Covid e suspeita da prática de crimes como epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas pública, prevaricação e comunicação falsa de crime. Gilmar pediu manifestação da PGR.
Na avaliação de fontes da PGR e do STF, “tudo o que o Supremo se recusou a arquivar sobre a pandemia será passível de revisão”.